quarta-feira, 6 de abril de 2016

China poderá exigir certificado "anti-zika" de produtos brasileiros

         A China, principal destino das exportações brasileiras, poderá exigir o certificado "anti-zika" nos produtos importados do Brasil. A notícia, não confirmada oficialmente, preocupa os exportadores, que estão com receio do impacto da exigência de um novo documento principalmente no segmento de alimentícios.
         Segundo o Ministério da Agricultura, não houve um aviso oficial sobre as supostas exigências. Porém, enviou há dez dias um pedido de informações ao órgão governamental da China responsável pela fiscalização agropecuária, a agência Aqziq.
          No documento, técnicos do governo brasileiro questionam se esses relatos de companhias empresariais são verídicos e, em caso de resposta positiva, pedem para que o órgão comunique oficialmente ao Brasil sobre os procedimentos a serem adotados.
          Os relatos não se restringem apenas a indústrias de alimentos, mas valem para fabricantes de qualquer produto que deseje entrar em portos chineses.
         Para o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, se a exigência for feita, será uma barreira não tarifária. "Não sabemos se há muito sentido na exigência do certificado. Mas se o documento passar a ser pedido significará um custo a mais num momento em que o câmbio passou a ficar mais valorizado."
          Para ele, entre os produtos alimentícios, as carnes podem ser mais afetadas. No caso da soja, a vantagem para o exportador brasileiro, diz, é a pouca diversidade de fornecedores.
    

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