A China, principal destino das exportações brasileiras, poderá exigir o
certificado "anti-zika" nos produtos importados do Brasil. A notícia, não confirmada oficialmente, preocupa os exportadores, que estão com receio do impacto da exigência de um
novo documento principalmente no segmento de alimentícios.
Segundo o Ministério da Agricultura, não houve um aviso oficial sobre
as supostas exigências. Porém, enviou há dez dias um pedido de
informações ao órgão governamental da China responsável pela
fiscalização agropecuária, a agência Aqziq.
No documento, técnicos do
governo brasileiro questionam se esses relatos de companhias
empresariais são verídicos e, em caso de resposta positiva, pedem para
que o órgão comunique oficialmente ao Brasil sobre os procedimentos a
serem adotados.
Os relatos não se restringem apenas a indústrias de
alimentos, mas valem para fabricantes de qualquer produto que deseje
entrar em portos chineses.
Para o
presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José
Augusto de Castro, se a exigência for feita, será uma barreira não
tarifária. "Não sabemos se há muito sentido na exigência do certificado.
Mas se o documento passar a ser pedido significará um custo a mais num
momento em que o câmbio passou a ficar mais valorizado."
Para ele, entre
os produtos alimentícios, as carnes podem ser mais afetadas. No caso da
soja, a vantagem para o exportador brasileiro, diz, é a pouca
diversidade de fornecedores.
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