A Wilson Sons está expandindo a construção de rebocadores
em seu estaleiro localizado em Guarujá, no litoral do Estado de São Paulo. A empresa vai atender encomenda da Saam Smit Towage do
Brasil de duas destas embarcações portuárias de
propulsão azimutal.
A previsão é de que os rebocadores sejam entregues em 20 meses, após o
primeiro pagamento do acordo. Por questões comerciais, o valor do
contrato não foi informado.
Os navios devem ter 24 metros de comprimento, 11 metros de largura e
tração estática de 70 toneladas, com projeto elaborado pela Damen
Gorinchem Shipyards, parceira da Wilson Sons no Brasil há mais de 20
anos.
A expectativa é de que os trabalhos no estaleiro do Guarujá comecem
em três meses, prazo estimado para a chegada dos suprimentos, como o aço
que é o material principal para a construção das embarcações. Depois da
fase de montagem e, ao final do processo, os testes.
Mais rebocadores
Esse é o segundo contrato entre as duas empresas. No ano passado,
outras duas embarcações haviam sido encomendadas. Com o novo acordo, o
estaleiro passa a contar com uma carteira de encomenda de seis
rebocadores: as quatro para própria a Saam Smit e outros dois modelos
maiores para a Wilson Sons Rebocadores, com entregas previstas até
dezembro de 2018.
O diretor-executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza, disse
em comunicado a acionistas que “a assinatura deste contrato reforça a
competitividade na execução, entrega e qualidade das embarcações
produzidas pela Wilson Sons, em um momento notadamente difícil para a
indústria naval brasileira”.
Talvez por esse cenário econômico, o aumento da produção do estaleiro
não deva significar novos postos de trabalho na região. “É difícil
precisarmos o número de empregos gerados por mais este contrato, mas
ele, com certeza, nos ajudará a manter o estaleiro em atividade com o
nível operacional que temos hoje”, afirma Souza.
A Wilson Sons Estaleiros é especialista na construção de rebocadores e
de embarcações de apoio offshore e faz parte do Grupo Wilson Sons, que
realiza operações integradas de logística portuária e marítima e
soluções de cadeia de suprimento no mercado brasileiro, atuando na
indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia
doméstica.
Além das construções em andamento e pensando no momento econômico
atual, o estaleiro pensa em ampliar a gama de serviços oferecidos.
Algumas das opções pretendidas é a área de reparo naval.
“Essa é uma alternativa para manter o estaleiro ocupado e
operacional. Estamos buscando também construir embarcações para outros
mercados, menos dependentes da indústria de óleo e gás, como, por
exemplo, empurradores, barcaças, e ferry boats”, diz o diretor.
Souza explica que, no caso dos empurradores, este tipo de embarcação
tem sido cada vez mais utilizado no Amazonas no fluxo de transferência
da soja. “A ideia é construir aqui, em Guarujá, e enviar para lá”.
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