O empresário José Antunes Sobrinho retornou nesta sexta-feira, 5, a sua construtora, a Engevix, depois de 11 meses, dos quais seis preso em Curitiba, em consequência da Operação Lava-jato. Ele encontrou uma empresa muito
diferente: as receitas afundaram e dos 13 mil trabalhadores restam
agora menos de 3 mil.
Antunes condicionou sua volta à saída dos sócios, Cristiano Kok e
Gerson Almada, de quem comprou a participação por R$ 2, e assumiu as
dívidas. Para tentar reeguer a empresa, vendeu ativos - entre eles os
aeroportos de Brasília e de Natal, onde era controlador junto com a
Corporación América - e hoje sobrevive com projetos de engenharia e a
montagem eletromecânica da hidrelétrica de Belo Monte.
"Foi todo mundo ludibriado, eu me sinto um idiota nisso", desabafou Antunes, ao comentar sobre seu envolvimento nos escândalos de corrupção, que resultaram na sua prisão. Em relação à suposta desistência de uma delação premiada em que citaria o presidente Michel
Temer, o empresário não entra em detalhes: "Te respondo só com uma frase. Não
fui eu quem desistiu". Recado dado.
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