O Porto de Suape foi considerado estratégico na ampliação das
relações comerciais e na atração de investimentos pela comissão de
embaixadores da União Europeia, que visitam Pernambuco nesta semana.
Mas, para que o complexo portuário cumpra o papel estratégico, é preciso
que a ferrovia Transnordestina seja concluída.
A afirmação é do embaixador do bloco João Gomes Cravinho, que
nesta sexta-feira falou com a imprensa em nome do grupo. Segundo
Cravinho, o porto pernambucano tem duas vantagens: fica perto do ponto
mais próximo da Europa e tem capacidade de expansão, enquanto os outros
principais portos brasileiros já “estão cheios”.
Sonora: “Eu
acredito que um investimento fundamental que está acontecendo é a
ferrovia Transnordestina. Outros investimentos infraestruturantes de
Pernambuco também vão ajudar aqui que o porto esteja mais ligado aos
centros de produção num momento em que prevemos um aumento do comércio”.
A
previsão de aumento do comércio vem da expectativa de acordo comercial
entre o Mercosul e a União Europeia, uma negociação que já dura vários
anos. O embaixador afirmou que o objetivo é concluir as negociações até o
fim de 2017. A Transnordestina, que começou a ser construída em 2006,
está com as obras paralisadas. Com cerca de 2 mil 300 quilômetros, a
ferrovia passa pelo Piauí, Ceará e Pernambuco.
A falta de
repasse de recursos federais atrasou as obras. No início do ano o
Tribunal de Contas da União determinou a suspensão de verbas federais
para a construção da ferrovia.
A comissão europeia também se
interessou pela exportação de frutas cultivadas da região irrigada do
São Francisco e considerou que os setores industrializantes são
atrativos em Pernambuco pela posição central em relação ao resto do
Nordeste. Parcerias na área de pesquisa também atraíram o grupo, segundo
o embaixador João Cravinho.
Ainda nesta sexta-feira, a comissão
da União Europeia jantou com o senador pernambucano Armando Monteiro,
ocasião em que os representantes europeus procuraram entender melhor a
atual situação política do país, conforme relatou o embaixador João
Cravinho. Ele considerou precipitado dar opinião a respeito das
denúncias ocorridas nos últimos dias contra o presidente Michel Temer.
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