A ONU (Organização das Nações Unidas) informou nesta terça-feira (16) que o crescimento econômico em nível global está ganhando força ONU. Entretanto, revisou para baixo suas
projeções para a América Latina e algumas zonas mais pobres do mundo. Atualizando suas previsões, a ONU confirmou que espera que a
economia mundial cresça 2,7% neste ano e 2,9% no próximo. A informação é
da agência espanhola EFE.
A organização lembrou que esses números
significam uma aceleração com relação ao ano passado, quando registrou
um crescimento de 2,3%, e correspondem a um aumento da produção
industrial e do comércio global, alimentados principalmente pela demanda
do leste da Ásia. A
ONU, no entanto, revisou para baixo seus prognósticos para várias zonas
do mundo, inclusive a América latina, onde prevê um crescimento de 1,1%
em 2017, ligeiramente abaixo dos 1,3% projetados em janeiro.
Segundo as
Nações Unidas, a queda corresponde principalmente ao ocorrido em 2016
na América do Sul, onde países como Brasil, Argentina e Venezuela
sofreram uma recessão mais dura do que o previsto.
No Brasil, por
exemplo, o crescimento este ano será apenas de 0,1%, após um retrocesso
de 3,6% em 2016, segundo a ONU. Em conjunto, a economia
latino-americana contraiu 1,3% no ano passado e a ONU espera uma
recuperação "modesta" durante 2017 e melhor em 2018, quando considera
que o crescimento chegará aos 2,5%.
"A região continua
enfrentando incertezas e riscos significativos, especialmente
relacionados com medidas de política macroeconômica nos Estados Unidos e
as agendas de reformas internas", aponta o relatório publicado hoje. A
ONU também revisou para baixo suas previsões de crescimento para a
África, especialmente no centro e no oeste do continente, e em vários
dos países menos desenvolvidos do mundo.
Na União Europeia (UE),
os especialistas das Nações Unidas vaticinam um crescimento de 1,7%
tanto em 2017 como em 2018 frente aos 1,8% que apontavam em janeiro.
Embora destaque que a perspetiva é "robusta", a ONU adverte entre outras
coisas que o problema continua sendo o desemprego em países como Grécia
e Espanha.
Para os Estados Unidos, o
relatório melhora ligeiramente as expectativas de crescimento, de até
2,1% neste ano e no próximo, graças a uma aceleração da atividade na
segunda metade de 2016 e às perspectivas de uma maior despesa pública.
Ao mesmo tempo, chama a atenção para o "turbulento" ambiente político no
país, com choques das propostas do Executivo com o Legislativo e a
Justiça.
Segundo a ONU, em muitas zonas do mundo o crescimento
continua abaixo dos níveis necessários para cumprir com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, a grande estratégia internacional que entre
outras coisas procura erradicar a pobreza extrema até 2030. Além
disso, o relatório adverte sobre o alto nível de incerteza política que
impera no mundo, após a decisão do Reino Unido de abandonar a União
Europeia (UE), a nova postura em matéria de comércio global dos Estados
Unidos e um ressurgimento do protecionismo e do nacionalismo em geral.
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