As perspectivas para a economia do Brasil e da Rússia têm
apresentado “deterioração significativa”, segundo o secretário-geral da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel
Gurría, em declaração apresentada ao Comitê Monetário e Financeiro
Internacional (IMFC na sigla em inglês), órgão máximo que dá as
diretrizes políticas para o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Gurría ressalta na declaração da OCDE que a economia mundial deve
ter em 2015 o quinto ano consecutivo com redução nas taxas de
crescimento. Nos emergentes, destaca que as situações são divergentes.
Enquanto a Índia é o destaque positivo, com previsão de crescimento
superior a 7% este ano e no próximo, a economia chinesa desacelera.
Nos países desenvolvidos, Estados Unidos e Reino Unido devem ter os
ritmos mais fortes de expansão. “No geral, em 2016, o crescimento
global será liderado pela contínua recuperação nas economias avançadas”,
afirma Gurría no documento.
Duas importantes fontes de incerteza permanecem. A primeira é uma
desaceleração da China em patamar maior do que o previsto, o que
afetaria a atividade econômica de vários países e os fluxos
internacionais de comércio. A segunda fonte de preocupação é que uma
deterioração adicional nos emergentes pode desencadear turbulência no
mercado financeiro internacional e, por sua vez, ter impacto na
atividade dos países desenvolvidos.
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