quinta-feira, 4 de maio de 2023

Superávit comercial brasileiro cresce 5,5% em abril e 17,9% no primeiro quadrimestre de 2023

As exportações brasileiras em abril somaram US$ 27,37 bilhões e as importações US$ 19,14 bilhões, o que representou uma queda de 0,3% nas vendas para outros países e uma retração de 2,6% nas compras do exterior. Assim, a balança comercial de abril teve US$ 8,22 bilhões de superávit, um aumento de 5,5% em relação a abril de 2022, pela média diária. Nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações somaram US$ 103,54 bilhões (crescimento de 1,8%) e as importações totalizaram US$ 79,47 bilhões (queda de 2,2%) com superávit de US$ 24,07 bilhões, representando um crescimento de 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa transmitida no Canal do Youtube do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, comércio e Serviços (MDIC).

O diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, Herlon Brandão, comentou os dados. Segundo ele, o comportamento das médias diárias de exportação tanto no mês de abril quanto no quadrimestre tem sido muito parecido com o que foi registrado em 2022. "A média diária das exportações desse ano está muito semelhante à do ano passado. Tivemos essa pequena redução em abril de 0,3%. Em geral, os dados registrados caminham dentro da nossa expectativa para o ano de 2023 que é uma exportação muito semelhante à do ano passado mas com uma pequena redução em virtude de preços menores", analisou Brandão.

Exportações

Em abril deste ano, houve crescimento de 13,7% nas exportações da agropecuária, somando US$ 8,86 bilhões, com destaque para trigo e centeio, não moídos (aumento de 71%); arroz com casca, paddy ou em bruto (+3.315%); e soja (+21%). Já em indústria extrativa (US$ 5,23 bilhões) houve queda de 6,6% e na indústria de transformação, que alcançou US$ 13,05 bilhões, as vendas caíram 6,3%

No acumulado de janeiro abril de 2023, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 4,9% em agropecuária, que somou US$ 25,82 bilhões; queda de 1,8% em indústria extrativa, que chegou a US$ 22,59 bilhões e, por fim, crescimento de 1,5% em indústria de transformação, que alcançou US$ 54,45 bilhões.

O crescimento nas exportações foi influenciado pelo aumento das vendas nos seguintes produtos: milho não moído, exceto milho doce (+169,6%); soja (+4,6%) e sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (+676,5%) na agropecuária; outros minerais em bruto (+79,9%), minérios de cobre e seus concentrados (+15,2%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (+44,6%) na indústria extrativa ; além de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+20,8%); farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+14,5%) e celulose (+20,7%) na indústria de transformação.

Importações

O desempenho das importações por setor de atividade econômica, em abril de 2023, foi o seguinte: queda de 23,5% em agropecuária, que somou US$ 0,35 bilhões; crescimento de 20,1% em indústria extrativa, que chegou a US$ 1,62 bilhões e, por fim, queda de 3,9% em indústria de transformação, que alcançou US$ 17,01 bilhões.

O movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (-29,9%); milho não moído, exceto milho doce (-99,6%); soja (-100%) na agropecuária; fertilizantes brutos (exceto adubos) (-26,3%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-5,7%); e gás natural, liquefeito ou não (-34,8%) na indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-49,5%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-34,7%) e Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (-36,0%) na Indústria de Transformação. No acumulado do ano, as importações tiveram queda de 4,8% em agropecuária - que somou US$ 1,66 bilhões, além de retração de 21,2% em indústria extrativa, que totalizou US$ 5,96 bilhões em compras no exterior.

 

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