A Rodrimar,
que opera no porto de Santos, anunciou nesta quinta-feira (6) que pediu
recuperação judicial "diante da retração econômica, da profunda crise no
mercado portuário e de dificuldades em negociações com alguns credores". O
pedido foi aceito pela Justiça, segundo a empresa. O grupo não divulgou o
montante total de suas dívidas.
A empresa é alvo de investigação por
supostamente ter pago propina ao ex-presidente Michel Temer para ser
beneficiada com pelo decreto dos portos, emitido em 2017. De acordo
investigações, a Rodrimar foi uma que pagaram propina a Temer por meio das
empresas Argeplan, Eliland do Brasil, PDA Administração e Participação Ltda. e
PDA Projeto e Direção Arquitetônica, todas do coronel João Baptista Lima, amigo
do ex-presidente.
O ex-presidente e a Rodrimar têm
negado as acusações. Em abril, três executivos do grupo foram indiciados, junto
com Temer, o coronel Lima e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. No ano passado,
a companhia foi multada em R$ 972 mil pelo Cade (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica) por prática lesiva à concorrência no porto de Santos, ao
cobrar uma taxa para trânsito de contêineres. Em nota, a companhia diz que
"a concessão da recuperação judicial (...) fornece as garantias e a
segurança necessárias para uma negociação ampla e definitiva de todas as
pendências com seus credores."
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