Mais de 38% de todo o
frango congelado exportado pelo Brasil, em 2019, saiu do país pelo Porto de
Paranaguá (PR). De janeiro a maio, as vendas de carne de frango brasileira
somaram 1,6 milhão de toneladas. Deste total, 637,6 mil toneladas foram movimentadas no complexo
paranaense.
O Paraná se mantém como o
principal exportador do produto nacional, à frente de Santa Catarina, que
embarcou 626,9 mil toneladas no período. “A estrutura para armazenagem
frigorificada, no interior e em Paranaguá, e a eficiência no embarque dos
contêineres é essencial para atender o agronegócio”, explica o presidente da
empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O Estado apresentou crescimento
acima da média nacional, tanto em quantidade quanto em faturamento, na
comparação com os primeiros cinco meses de 2018. Dados da Associação Brasileira
de Proteína Animal (ABPA) mostram que o país registrou saldo 3,6% superior em
peso e 6,3% maior em receita. No Paraná, o crescimento foi de 10,6% e 13,6%,
respectivamente.
Beneficiada por preços mais
altos, a receita brasileira gerada com as vendas do produto foi de U$ 2,7
bilhões, entre janeiro e maio. A receita paranaense foi de U$1 bilhão, segundo
o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O produto exportado via Paranaguá tem como
principal origem os avicultores do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Os destinos mais importantes são China, Japão, Emirados Árabes e Arábia
Saudita.
Para Rodrigo Buffara Farah
Coelho, gerente geral do Grupo Cotriguaçu em Paranaguá, os números são
resultado dos serviços de excelência prestados pelo Terminal de Contêineres de
Paranaguá (TCP) – empresa que opera
este tipo de carga congelada no cais público. “A escolha pela TCP evidencia que
o terminal está preparado para atender a demanda da indústria de cargas
congeladas e o protagonismo do Paraná, primeiro do Brasil em produção de
frango. Nosso grupo é a cooperativa que mais exporta carne congelada no país,
quase que inteiramente movimentando via Paranaguá”, conta.
Segundo ele, um dos diferenciais
é a estrutura existente também no interior do Estado. “Temos uma unidade de
armazenagem frigorífica localizada em Cascavel e que nos permite transportar as
cargas até Paranaguá via modal ferroviário”, completa.
O Grupo Cotriguaçu é formado por
quatro cooperativas da Região Oeste do Paraná: C. Vale, Copacol, Coopavel e
Lar. Juntas, elas são responsáveis por 35% do total de carga congelada
movimentada em Paranaguá, no último mês.
Em Paranaguá, o número de contêineres refrigerados,
para transporte de carne de frango, cresceu 328% neste ano. De janeiro a maio
de 2019, foram 19.484 unidades. Em 2018, no mesmo período, foram 4.553.
Em maio, a TCP registrou movimentação recorde
de contêineres refrigerados. Foram 8.442 contêineres, chamados de reefer, sentido exportação, quebrando a
marca de 8.236 registrada em junho de 2017.
No acumulado do ano, já são
35.369 unidades movimentadas. Nos cinco primeiros meses de 2018, foram 32.134
unidades. “O recorde da movimentação em cargas refrigeradas deve-se a um forte
trabalho comercial realizado pela TCP e à capacidade operacional, já que o
Terminal é o único com conexão direta com a ferrovia e tem o maior parque de
tomadas reefer da área de influência”, explica
Alexandre Rubio, diretor Comercial da TCP.
O executivo conta que o Terminal
tem condições de operar mesmo em situações climáticas adversas. “O Terminal
opera sete dias por semana, 24 horas, mesmo em períodos mais chuvosos. Mantemos
sempre a capacidade total de operação, sem restrições para a atracação dos
navios”, ressalta. Além disso, a TCP conta com o maior parque de tomadas reefer
do país. São 3.624 tomadas e 153 torres metálicas espalhadas no pátio que
servem de acesso para o monitoramento e conexão/desconexão dos contêineres.
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