O Grupo
Libra, empresa de logística e terminais portuários, aprovou seu plano de
recuperação judicial na assembleia de credores realizada nesta sexta-feira (14)
e divulgado no sábado (15). O pedido foi protocolado há quase um ano, no fim de
julho de 2018. A dívida financeira da companhia é de aproximadamente R$ 1,8
bilhão, com os bancos Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, além
de debenturistas. Os créditos referentes à Libra Santos ficaram de fora da
recuperação judicial.
Agora, uma das principais missões do
grupo será vender sua divisão fluminense, a Rio Terminais Libra. O valor da
operação deverá ser usado para abater boa parte da dívida. O grupo, inclusive,
já recebeu uma proposta de aquisição da sua divisão portuária no Rio de Janeiro
de um grupo filipino, o International Container Terminal Services (ICTSI). O
envelope com a oferta foi entregue durante a assembleia de credores realizada
hoje. Ainda não se conhece o valor da oferta, que não foi aberta, mas sabe-se
que a proposta é de um pagamento à vista, de ao menos R$ 665 milhões — valor
mínimo exigido no plano.
Nas próximas três semanas deverá ser
publicado o edital de concorrência para a venda de Libra Rio, e outros grupos
terão a oportunidade de apresentar propostas. Há ao menos outras quatro
empresas avaliando o negócio, segundo fontes. Caso alguma companhia apresente
oferta superior à da ICTSI, a empresa terá ainda a possibilidade de igualar o
valor e levar o ativo.
A entrega de uma proposta já na
assembleia deu segurança para que os credores aprovassem o plano de recuperação
judicial do grupo, segundo Marcelo Milliet, diretor da Íntegra Associados, que
assessorou a Libra na recuperação. Entre os credores maiores, apenas o Banco do
Brasil votou contra a aprovação, e o Bradesco se absteve.
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