O projeto de construção do
porto público de Manaus, na área que pertenceu à Siderúrgica do Estado do
Amazonas (Siderama), próximo ao porto da Ceasa, está longe
de ser concretizado. De acordo com informações da Secretaria de Portos (SEP)
do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, os documentos
referentes ao processo licitatório de arrendamentos do terminal estão em
análise e somente após a conclusão serão encaminhados à apreciação do
Tribunal de Contas da União (TCU), órgão que avalia e delibera os
leilões. A secretaria informa que não há previsão para que os
documentos sejam encaminhados ao tribunal e a divulgação de um novo
cronograma depende de orientações do Programa de Parcerias de
Investimento (PPI), do Governo Federal.
A assessoria de comunicação da SEP divulgou, por meio de nota, que as
estratégias para concessões e arrendamentos estão em rediscussão no
âmbito do PPI e que os estudos sobre a área relacionada à Manaus estão
sendo atualizados pela secretaria para posteriormente serem enviados ao TCU. A assessoria do órgão esclarece ainda que deve ser definida a relação com o Porto de Manaus dos terminais
com áreas a serem arrendadas por leilão.
Conforme o órgão, a partir deste ano as cidades que devem receber
instalações portuárias, como no caso de Manaus, não serão mais tratadas
como componentes de blocos de arrendamentos. Agora, o processo que
estiver liberado pelo TCU logo seguirá para a licitação.
Anteriormente a capital amazonense fazia parte do segundo bloco de
arrendamentos. A nota ainda cita que o Terminal Marítimo de Passageiros
de Salvador seguiu os novos procedimentos e foi leiloado no último dia
24.
A assessoria de comunicação do TCU informou que até o momento a
única informação recebida pelo órgão é que os documentos que tratam do
Terminal de Conteineres e Carga Geral de Manaus serão oportunamente
encaminhados ao tribunal. O TCU analisou o primeiro bloco de
arrendamentos portuários referente aos portos de Santos (SP), Vila do
Conde no município de Barcarena (PA), Outeiro (PA), Santarém (PA) e
Miramar (PA).
Já houve licitação em algumas áreas de Santos e os editais para a
licitação de áreas em Vila do Conde e Outeiros já foram publicados. O
projeto do porto na área da Siderama faz parte do PNLI (Plano Nacional
de Logística Integrada), uma aposta do governo federal para, nos
próximos 30 anos, interligar rodovias, ferrovias e hidrovias a portos e
aeroportos. O PNLI foi lançado em 2012.
Em informações divulgadas anteriormente, a SEP, a secretaria esclareceu que a área destinada para a construção do novo porto, que está
localizada no Distrito Industrial, zona Sul, não é alcançada pelo
tombamento da paisagem do Encontro das Águas. Conforme a pasta, o porto
será construído com recursos privados e o projeto segue o marco
regulatório do setor portuário promovido pela lei 12.815/2013.
Segundo o projeto, o investimento privado está orçado no valor de R$
500 milhões. Será construído um cais flutuante com quatro berços (ponto
de atracação das embarcações no cais) com possibilidade de expansão para
mais dois berços. A assessoria também informou que haverá pátios para
contêineres, edificações administrativas e operacionais, vias internas
de circulação e outras instalações necessárias ao funcionamento de um
porto.
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