sábado, 3 de outubro de 2015

The New York Times afirma que Lula age nos bastidores para salvar governo Dilma

         A presidente Dilma Rousseff, na luta para conseguir reagrupar um governo fragmentado e prosseguir com o ajuste fiscal, deu novos passos em direção à austeridade ao reduzir o número de ministérios e cortar seu próprio salário e o de ministros. A avaliação foi feita pelo jornal The New York Times em uma reportagem publicada na edição deste sábado (03). O jornal norte-americano afirmou ainda que o "poderoso" ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu nos bastidores da reforma ministerial.
        As medidas anunciadas na sexta-feira, 2, ocorreram em meio a um esforço de Dilma para conseguir apoio para propostas mais duras para o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, a presidente tem que lidar com pedidos para sua saída do governo, analisou a publicação. A reforma ministerial aumentou o poder do PMDB e Dilma pode conseguir recuperar alguma influência, especulou a reportagem. Citou que em sua atuação nos bastidores, Lula conseguiu emplacar Jaques Wagner na Casa Civil.
        O jornal norte-americano destacou que a presidente Dilma está "sob ataque" por pedidos de impeachment influenciados pelas denúncias de corrupção envolvendo seu partido, o PT, no escândalo da Petrobras. "A posição de Dilma em Brasília pode também ser reforçada", informou o NYT, ressaltando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi colocado "na defensiva" após autoridades da Suíça confirmarem a existência de contas.
        O jornal considerou que a reforma ministerial anunciada por Dilma tem um caráter mais "simbólico", pois os problemas fiscais do país são muito maiores. Exemplificou, lembrando que outros presidentes na América Latina tomaram medidas similares, como o da Bolívia, Evo Morales, que cortou seu salário pela metade. A reportagem salientou que Dilma cortou o seu salário e o dos ministros em 10% e reduziu oito ministérios.

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