A presidente Dilma Rousseff, na luta para conseguir reagrupar um governo fragmentado e prosseguir
com o ajuste fiscal, deu novos passos em
direção à austeridade ao reduzir o número de ministérios e cortar seu
próprio salário e o de ministros. A avaliação foi feita pelo jornal The New York Times em uma
reportagem publicada na edição deste sábado (03). O jornal norte-americano afirmou ainda que o "poderoso" ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
agiu nos bastidores da reforma ministerial.
As medidas anunciadas
na sexta-feira, 2, ocorreram em meio a um esforço de Dilma para conseguir
apoio para propostas mais duras para o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, a
presidente tem que lidar com pedidos para sua saída do governo, analisou a publicação. A reforma ministerial aumentou o poder do
PMDB e Dilma pode conseguir recuperar alguma influência, especulou a
reportagem. Citou que em sua atuação nos bastidores, Lula conseguiu emplacar
Jaques Wagner na Casa Civil.
O jornal norte-americano destacou que a
presidente Dilma está "sob ataque" por pedidos de impeachment
influenciados pelas denúncias de corrupção envolvendo seu partido, o PT,
no escândalo da Petrobras. "A posição de Dilma em Brasília pode também
ser reforçada", informou o NYT, ressaltando que o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi colocado "na defensiva" após autoridades da
Suíça confirmarem a existência de contas.
O jornal considerou que a
reforma ministerial anunciada por Dilma tem um caráter mais
"simbólico", pois os problemas fiscais do país são muito maiores. Exemplificou, lembrando que outros presidentes na América Latina tomaram
medidas similares, como o da Bolívia, Evo Morales, que
cortou seu salário pela metade. A reportagem salientou que Dilma cortou o
seu salário e o dos ministros em 10% e reduziu oito ministérios.
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