Cinco anos após o início de uma das maiores disputas societárias do
Brasil, as famílias Gradin e Odebrecht podem estar próximas de um
acordo. Os Gradin decidiram exercer o direito de venda de 20,6% de
participação que detêm na Odebrecht Investimentos (Odbinv), holding que
controla o grupo. Em 14 de setembro, a Graal Investimentos, holding da
família Gradin, encaminhou uma correspondência privada à Kieppe, que
representa a família do grupo baiano, comunicando a decisão de se
desfazer dessa fatia.
Essa decisão mostra uma mudança de
estratégia dos Gradin. As duas famílias foram sócias por quase 30 anos,
mas se desentenderam em 2010 porque a Kieppe quis exercer a opção de
compra da fatia de 20,6% da Graal. Os Odebrecht ofereceram cerca de US$
1,5 bilhão por essa fatia.
Na época, os Gradin não quiseram
vender por discordarem do exercício de opção de compra, que constava do
acordo de acionistas assinado em 2001. Eles pediram a instauração de
arbitragem para resolver o desentendimento. Já os Odebrecht entendiam
que a cláusula tinha de ser cumprida e foram à Justiça para garantir que
os Gradin aceitassem a proposta.
Depois de muitas idas e vindas,
o caso foi parar, em 2013, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas
ainda está parado, aguardando o voto do ministro João Otávio de Noronha.
O ministro dará o voto de desempate que indicará se o caso será
resolvido por arbitragem ou na Justiça.
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