sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Governos do Brasil e da Colômbia assinam acordo para criação de área de livre comércio até o fim de 2017

         Os governos de Brasil e Colômbia assinaram nesta sexta-feira (9), em Bogotá, um acordo para destravar negociações rumo à criação de uma área de livre de comércio até o fim de 2017. O documento foi assinado durante visita de Estado da presidente Dilma Rousseff à Bogotá, onde foi recebida pelo presidente Juan Manuel Santos. 
         Assinado em 2003, o Acordo de Complementação Econômica 59, conhecido como ACE 59, já isenta de cobrança de alíquotas a maior parte dos produtos que os países importam um do outro. Mas, segundo o Itamaraty, discussões para uma isenção completa emperraram depois que a Colômbia priorizou acordos comerciais com EUA e União Europeia.A exportação de automóveis é a prioridade do Brasil nesta negociação.
         O intercâmbio comercial cresceu 165% de 2005 a 2014, passando de US$ 1,5 bilhão para US$ 4,1 bilhões. Os dois países julgam que o volume está muito abaixo do potencial, já que a Colômbia é a terceira maior economia da América do Sul, mas apenas o sétimo parceiro comercial do Brasil na região.
         Os dois presidente também assinaram um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, que visa reforçar a proteção a investidores."É o início de um processo que será vantajoso para os povos e as economias. É algo que vai gerar mais emprego e mais renda, principalmente num momento em que o quadro é de dificuldade porque vivemos o fim do chamado superciclo das commodities", disse Dilma à imprensa após reunião de duas horas com seu colega colombiano.
         A presidente se referia à queda do preço dos produtos agrícolas e matérias primas que haviam sustentado parte do crescimento econômico de muitos países emergentes, entre eles o Brasil, nos últimos anos. Santos qualificou de "enorme" o potencial da relação comercial bilateral."Estamos trabalhando juntos e podemos trabalhar ainda mais", afirmou. Foram assinados, ainda, acordos nas áreas agrícola, climática e social, entre outros.

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