O empresário
norte-americano Jeff Moates, da Amazon Origins, especializada em produzir e
exportar suplementos alimentares à base de frutos da Amazônia, esse ano decidiu
diversificar sua atuação e fez o primeiro embarque de pirarucus, tambaquis e
tucunarés frescos, capturados nas águas que banham a floresta brasileira, para
o exigente mercado dos Estados Unidos. A estratégia mostrou-se promissora e
outras remessas foram realizadas.
O potencial do Brasil para expandir sua
tímida presença entre os grandes fornecedores globais de pescados e frutos do
mar é imenso e foi apontado em relatório da FAO (Organização das Nações Unidas
para a Alimentação e Agricultura) em 2013. As vendas externas no ano passado
somaram US$ 30 milhões, colocando o país em um modesto 28º lugar no ranking
internacional, contrastando com as importações que ultrapassaram US$ 70 milhões.
A mudança desse
cenário em pouco tempo também foi previsto pela FAO e depende de iniciativas
como a do empreendedor que trocou Nova Iorque por Manaus e de estímulos e
investimentos governamentais no setor. A Oceanus, de Recife (PE), entendeu o
recado.
A companhia, mirando clientes dispostos a pagar bem por produtos
diferenciados, adotou técnicas e equipamentos avançados para intensificar suas
operações no acirrado e sofisticado mercado internacional. Exportadora há oito
anos para os Estados Unidos e o Japão, a fábrica nordestina elevou em 2015 os
embarques de atuns frescos, alguns pesando até 130 kg, para o exterior...
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