A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)
revisou para baixo nesta segunda-feira (5) a projeção de crescimento da atividade
econômica da região em 2015 de 0,5% para -0,3% e estima que, para 2016, o
crescimento será em torno de 0,7%. No caso do Brasil, estimou que a contração da
economia deverá ser de 2,8% neste ano e de 1% no próximo. Na projeção anterior, o órgão calculou que a atividade econômica brasileira deveria recuar 1,5%
neste ano.
Segundo a Cepal, entre os principais fatores para essa
redução do crescimento na América Latina e no Caribe estão a fragilidade
da demanda interna; a desaceleração das economias emergentes,
principalmente da China; a valorização do dólar; uma crescente
volatilidade dos mercados financeiros e a queda nos preços dos bens
primários.
O comunicado ressaltou que as economias da América do Sul
especializadas em commodities, principalmente petróleo e minérios, e com
crescente grau de integração comercial com a China, vão registrar a
maior desaceleração. O organismo recomendou que, para enfrentar a desaceleração
econômica, é crucial reverter a queda na taxa de investimento que afeta a
capacidade de crescimento no médio e no longo prazo. "Dinamizar os
investimentos constitui tarefa fundamental para mudar a atual fase de
desaceleração e alcançar um caminho de crescimento sustentável no longo
prazo", avaliou a Cepal.
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