Produtores de leite e derivados apostam em expansão de 40% nas exportações do setor este ano

          A Associação Brasileira de Laticínios (Via Lácteos) aposta no mercado externo como um grande aliado, diante do desarranjo da economia do país. A entidade espera um incremento de cerca de 40% nas receitas com as exportações de leite e derivados em 2016, em relação ao ano passado, quando o faturamento chegou a US$ 319,2 milhões.

          Segundo a Via Lácteos, alguns fatores contribuem para este cenário favorável. É o caso da abertura de novos mercados, em especial a Rússia, e a consolidação daqueles para os quais o Brasil já exportava, a taxa cambial e alguns incentivos internos.

          Entre eles, a parceria com a Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, que assinou recentemente um convênio com alguns setores da economia, incluindo o de laticínios, para impulsionar os negócios internacionais deste segmento. A estratégia inclui um aporte de R$ 44,8 milhões para divulgar os parceiros no exterior.

          Uma pesquisa feita pelo Sebrae Nacional revelou que apenas uma em cada 1 mil micros e pequenas empresas exporta no país. Para incentivar os fabricantes de produtos lácteos a exportarem, a Fispal Tecnologia, principal feira do setor industrial de alimentos e bebidas na América Latina, criou uma estrutura direcionada a este fim, que inclui parceria com a Câmara do Comércio do Mercosul e América Latina.

          Durante a Feira, que acontece entre os dias 14 e 17 de junho, a CCM-ULA oferecerá atendimento individualizado com orientação jurídica, contábil e fiscal sobre como fechar negócios com países da América Latina. A Feira também conta com o apoio do ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que será responsável pela realização de um painel de discussão sobre as tendências do mercado de laticínios.

          A edição deste ano da Fispal Tecnologia é considerada uma das mais cruciais e estratégicas dos últimos anos, por conta do momento vivido pelo país e pela necessidade dos pequenos e médios fabricantes adaptarem suas empresas, encontrando caminhos viáveis para novos negócios, como a exportação.  A Informa Global Exhibitions, promotora do evento, já confirmou mais de 2 mil marcas, 80 expositores internacionais e um número 30% maior de credenciamentos em comparação ao mesmo período de 2015, quando reuniu 50 mil visitantes.