quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Tecon Sepetiba deve ser o primeiro ativo vendido pela endividada CSN

         O Tecon Sepetiba poderá ser o primeiro ativo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a ser vendido e  despertou grande interesse entre investidores, principalmente estrangeiros A venda da unidade deve abrir a lista de desinvestimentos da empresa, que busca reduzir o seu endividamento, e ajudar a companhia a levantar R$ 1 bilhão com a venda integral do Tecon até o fim do ano, segundo fontes.
         O terminal de contêineres, localizado no Estado do Rio de Janeiro, realiza o escoamento de produtos siderúrgicos da CSN, a  movimentação de contêineres e a armazenagem e tem capacidade de movimentação de 400 mil contêineres anuais. A CSN projetou arrecadar R$ 1 bilhão com a venda, apesar do ambiente desafiador no Brasil, dinheiro que aliviará a situação a companhia.
          Entre os ativos que estão na lista de desinvestimento da CSN, o Tecon é apontado como a "joia da coroa". "Se perguntava para a CSN qual era o seu core business e a resposta era que são cinco negócios. Agora a empresa vai precisar diminuir de tamanho", disse uma fonte de acompanha o processo de desinvestimento da empresa.
        Além do Tecon, duas usinas hidrelétricas estão entre os ativos da siderúrgica que podem ser vendidos, excluindo dessa conta sua central de cogeração térmica localizada em sua usina em Volta Redonda. Na Usina Hidrelétrica de Itá na divisa dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a CSN possui uma fatia de 29,5%. Na Usina de Igarapava, entre São Paulo e Minas Gerais, a empresa detém 17,9%.

         Estão ainda na mesa para venda parte de sua participação na ferrovia MRS, além de imóveis, oriundos da época da privatização da empresa, e suas unidades de embalagens, a Prada e a Metalic, além, é claro, da fatia detida na Usiminas. Os bancos de investimento contratados para a missão foram Bradesco BBI, Banco do Brasil, Goldman Sachs e Credit Suisse.
         A CSN deu a largada para brigar contra seu elevado endividamento neste ano, quando observou sua geração de caixa cair refletindo a crise vivida pelo setor siderúrgico do Brasil e a queda do preço do minério de ferro, visto que a divisão de mineração da companhia de Benjamin Steinbruch costumava, no passado, compensar os maus momentos atravessados pela unidade do aço.

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