Os Estados Unidos, o Japão e dez países da região do Pacífico fecharam nesta segunda-feira (05) um
histórico acordo para reduzir barreiras comerciais para bens e
serviços, além de determinar regras de comércio para dois quintos da
economia global, segundo fontes com conhecimento do assunto.
O acordo ganhou a denominado Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em
inglês) e abrirá os mercados agrícolas do Japão e Canadá, endurecerá as
normas de propriedade intelectual para beneficiar empresas farmacêuticas
e de tecnologia e estabelecerá um bloco econômico integrado para
desafiar a influência da China na região.
A definição da parceria é considerada uma vitória para o presidente dos EUA,
Barack Obama, que conta com o pacto para impulsionar o crescimento
econômico, incentivar indústrias competitivas e aproximar países do
Pacífico num momento em que a China - que não faz parte do bloco - adota
uma postura econômica e militar mais agressiva na região. Obama, no entanto, vai enfrentar sérios desafios nos próximos meses
para garantir a aprovação da TPP no Congresso, que está dividido.
Poucos democratas apoiam a política comercial do presidente norte-americano, que é do seu partido, e o endosso dos
republicanos será imprevisível no ano eleitoral de 2016, dependendo do
comportamento dos candidatos à presidência e da nova liderança na Câmara
dos Representantes. A votação sobre o acordo não ocorrerá antes do
começo do próximo ano.
Após dezenas de rodadas de negociações e de cinco dias de esforços
de barganha em Atlanta, ministros do Comércio e outras autoridades
disseram que resolveram conflitos sobre a proteção da propriedade
intelectual de medicamentos biológicos, regras para a produção
automotiva e produtos lácteos.
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