terça-feira, 13 de outubro de 2015

Complexo de Suape quer atrair as exportações de frutas de Pernambuco


          O Complexo de Suape quer atrair as exportações de frutas de Pernambuco que hoje são escoadas pelos portos de Salvador (BA) e Pecém (CE). Mesmo com a boa infraestrutura do terminal do Estado, os fruticultores alegam que ele é menos competitivo em relação aos custos e a disponibilidade de serviço das companhias marítimas.
          O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Thiago Norões, recebeu exportadores para discutir alternativas objetivando a retomada das exportações por Suape.  Ele comentou que “o Porto de Salvador está a uma distância de 500 quilômetros do polo de fruticultura, enquanto Suape está a 850 quilômetro" dificultando a operação pelo terminal pernambucano.
          Essa diferença de distância aumenta o custo rodoviário em R$ 1 mil por contêiner. Há ainda a questão das taxas do Tecon Suape que são mais caras que a dos outros terminais e a falta de linhas para a Europa. "Nossa negociação acontece direto com os armadores e são eles que decidem em que porto farão a operação. Em Salvador, pelo menos quatro companhias marítimas (Hamburg Süd, CSAV, CMA CGM e Hapag-Lloyds) oferecem o serviço com linhas semanais para a Europa”, contou o presidente do Sindicato Rural de Petrolina, Edis Matsumoto.
        O secretário Thiago Norões destacou que a reunião serviu para se aproximar e conhecer as lideranças do setor, na tentativa de conhecer as demandas para retomar as exportações por Suape. “Desde a crise de 2008, o polo de fruticultora se voltou para o mercado interno. Hoje com o dólar favorável e a melhora nas economias da Europa e dos Estados Unidos se abre um novo ciclo e queremos preparar o porto para participar dessas exportações”, afirmou.
         Além dos exportadores, a reunião contou com a participação do Tecon Suape e de equipes técnicas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para avaliar as mudanças que serão necessárias para que Suape seja competitivo na exportação de frutas. A conversa também vai precisar incluir os armadores, que negociam a operação diretor com os exportadores.
          “As operações de carga e descarga nos portos é realizada pelas companhia marítimas, mas os preços são repassados para o cliente. Também será necessário equiparar as taxas cobradas pelo Tecon Suape, que cobra mais caro pelas tomadas de energia para ligar os contêineres refrigerados e pelo monitoramento da temperatura”, ressalvou Matsumoto.

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