A companhia Portos do Paraná começou à atualização do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento dos portos de Paranaguá e Antonina (PDZ), administrados pela estatal estadual. O trabalho acontece na poligonal terrestre, que indica o limite geográfico da área dos portos organizados.Esse é o espaço onde a autoridade portuária detém o poder de administração e onde ficam as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e acesso ao porto. O documento é uma das mais importantes ferramentas de planejamento do setor e considera o ambiente social, econômico e ambiental em que o porto está inserido.
“O PDZ permite estabelecer estratégias e metas para o desenvolvimento racional da atividade portuária. Não só pensando na eficiência das operações, mas na integração com os demais modais e os impactos para a cidade e seus moradores”, explica o diretor-presidente da empresa pública, Luiz Fernando Garcia.
O último PDZ feito em Paranaguá foi em 2012, com atualizações em 2014, 2016 e 2017. Em 2021, a atualização é realizada com o apoio da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), órgão do Governo Federal que também é responsável pelo Plano Mestre dos portos paranaenses. Segundo Eduardo Nina Pinheiro Perez, assessor técnico da EPL, estes instrumentos de planejamento consideram ainda o Plano Nacional de Logística Portuária e as políticas públicas voltadas para o setor.
“Realizamos a coleta de informações atuais e fazemos exercício de visualização do futuro, com vistas à forma estratégica em que serão potencializadas as mais variadas áreas e regiões dos portos. O foco é sempre que o desenvolvimento ocorra de maneira sustentável e integrada.”, disse Perez. “Atuamos em parceria com a Portos do Paraná e a oportunidade de ter esclarecimentos adicionais junto às equipes de engenharia, engenharia marítima, operações e arrendamentos”, acrescentou.
É a partir do PDZ que a autoridade portuária dá destino a suas áreas, explica o gerente de Arrendamentos da Portos do Paraná, Rossano Reolon. “Juntamente com os demais instrumentos de planejamento, de maneira interligada, pensamos o porto organizado por áreas: um lado com operação de líquidos, outro com granéis, outro veículos e carga geral. Essa segregação permite planejar o porto a longo prazo", diz.
Para ele, ter um PDZ atualizado permite a melhor exploração das áreas disponíveis. O setor portuário é muito dinâmico. A revisão prevê diversos estudos, envolvendo diferentes tecnologias. “Nosso objetivo é realizar as adaptações a cada dois anos”, adianta Reolon.
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