O governo argentino está sendo acusado por lideranças de diversos setores ligados ao setor de navegação de pretender forçar a implementação do projeto de privatização do Estaleiro Río Santiago (ARS). A determinação atenderia também a acordos de longa data com a China, que busca manter as instalações por meio da Chery,empresa do segmento. A informação é da Agência Novoa.
Segundo a análise deste grupo de profissionais, estudantes e trabalhadores organizados em defesa dos interesses nacionais, a paralisia que atravessa a empresa estatal de navegação é apenas um passo preliminar para o seu encerramento definitivo e posterior privatização e por isso não há avanços. com navios em crescimento.
O objetivo da gestão de Pedro Wasiejko, atual chefe da ARS, seria clarear o panorama para que o investimento estrangeiro possa entrar na empresa, para o que é necessária uma alteração da personalidade jurídica e da razão social, o que para os trabalhadores faria seja claro e simples decretar a morte do Estaleiro.
A ideia é que a empresa chinesa se instale em Ensenada e a partir daí projete a produção de carros elétricos localmente, invadindo o mercado com um investimento menor graças ao facto de poderem aceder às instalações da ARS.
Por isso,os líderes, integrados por meio do Projeto Riachuelo, exigiram também o andamento dos projetos de criação de uma Reserva de Transporte de Água com Carga, que cria um mercado de frete marítimo protegido para a vinícola nacional, e a criação do Fundo Naval de Desenvolvimento da Indústria (Foddin ), o que permitiria a reativação da indústria e a entrada em operação do Estaleiro.
O risco, sem implantar mecanismos de reativação econômica para a empresa, é que a crise do Estaleiro se aprofunde e o esvaziamento atinja níveis que impossibilitem a continuidade da produção dos navios, o que decretaria o fechamento definitivo e abriria a porta para a privatização promovida por alguns setores do partido no poder e da oposição.
Desta forma, um grupo de trabalhadores e lideranças da produção começou a alertar sobre as medidas de privatização e já anunciou que está preparado para reativar a luta caso o Executivo decida avançar com a iniciativa.
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