segunda-feira, 6 de março de 2023

Sdaergs pede melhorias na infraestrutura na fronteira oeste gaúcha para incrementar comércio Brasil/Argentina


O vice-presidente do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul), Fábio Ciocca, encaminhou documento durante o encontro “Oportunidades de Integração Energética entre Brasil e Argentina”, realizado na semana passada, na sede da Fiergs, em Porto Alegre. “Mostramos a importância do comércio entre os dois países e a necessidade de aperfeiçoar a infraestrutura, hoje deficiente, para o escoamento de mercadorias, resolvendo, entre outros, obstáculos como o dano na estrutura da Ponte Internacional Getúlio Vargas/Agustin Pedro Justo, sobre o Rio Uruguai, cujas obras de saneamento precisam ser concluídas com brevidade”, destacou o dirigente.

O documento foi entregue por Ciocca (foto, com Frederico Antunes e Daniel Scioli) ao embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, o presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Gilberto Petry, o vice-governador do Estado, Gabriel de Souza e o chefe do governo gaúcho, Frederico Antunes, no almoço em meio à iniciativa, promovida pela entidade empresarial e o Consulado da Argentina em Porto Alegre. “A Argentina é atualmente o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, no ano passado cruzaram 270 mil veículos de carga por Uruguaiana e, de outubro de 2022 a fevereiro deste ano, passaram 570 mil carros argentinos em direção às praias brasileiras”, disse o dirigente do Sindicato.

Segundo Ciocca, “Uruguaiana é a principal aduana do modal rodoviário e São Borja a terceira, em valor de mercadorias. As duas juntas representam US$ 15,6 bilhões em produtos transacionados entre os dois países. As passagens de fronteiras pelas duas cidades contribuem respectivamente com 30% e 25% do que o Brasil negocia com a Argentina”. Ele também manifestou a preocupação do Sindicato com a concessão do centro unificado de fronteiras junto à travessia internacional entre São Borja e Santo Tomé e a importância da construção de uma nova ponte sobre o Rio Uruguai, ligando Porto Xavier, no Brasil e San Javier, na Argentina.

O representante do Sdaergs citou ainda, outros entraves, como as licenças de importação da Argentina, que estão demorando entre 60 e 90 dias para serem autorizadas. “Nossa preocupação em relação às barreiras não tarifárias adotadas pelas autoridades argentinas, é que elas acabam ocasionando uma retração no volume exportado pelo Brasil ao país vizinho”, lamentou o vice-presidente do Sindicato. “O prazo de 180 dias para o pagamento das exportações brasileiras pelos importadores argentinos devido a uma resolução tomada pelo governo da Argentina para conter a saída de dólares do país é outra questão que prejudica os negócios”, salientou.

A construção do Gasoduto Nestor Kirchner, que transportará gás de Vaca Muerta, na Argentina para o Brasil e que está em andamento foi outro ponto importante examinado durante o encontro na Fiergs. “A primeira etapa da obra está sendo concluída e em breve chegará a Uruguaiana, gerando energia a um custo mais acessível”, observou Ciocca, que considerou o encontro produtivo e promissor para as reivindicações, que encaminhou em nome do Sdaergs e que beneficiarão o país e, especialmente, o comércio na fronteira oeste gaúcha.

 

 

 

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