A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), representada pela gestora de Projetos da entidade, Letícia Sperb Masselli, participou do Going Global, promovido pela British Footwear Association (BFA). O convite veio através do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados que a Abicalçados mantém em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Além de dela, o encontro digital contou com uma apresentação do designer Diego Vanassibarra, brasileiro radicado no Reino Unido que migrou sua produção da Itália para o Brasil em busca de liberdade criativa e conforto.
Na oportunidade, Letícia apresentou o potencial da indústria calçadista brasileira, que exporta mais de 140 milhões de pares para cerca de 170 destinos. Segundo a gestora, com a quinta maior produção de calçados do mundo, a maior fora da Ásia, o Brasil possui um cluster produtivo completo, onde se encontram todos os insumos necessários para a fabricação de calçados de qualidade, confortáveis e em consonância com os conceitos de sustentabilidade.
“Os fabricantes britânicos ficaram positivamente impactados,
principalmente com a sustentabilidade da indústria calçadista brasileira, a
flexibilidade produtiva para atender pedidos menores e a organização do
cluster”, conta Letícia, que falou ainda da plataforma de conexão de negócios
com compradores internacionais BrazilianFoootwear.com e do único programa de
certificação ESG para a cadeia produtiva de calçados do mundo, o Origem
Sustentável. Letícia ressaltou que, no dia do evento da BFA houve um pico de
acessos ao BrazilianFootwear.com e que recebeu três retornos de compradores
britânicos interessados em fornecedores brasileiros.
O designer Diego Vanassibarra falou na sequência e destacou o case de sua marca
homônima, que desenvolve calçados conceituais. Segundo ele, foi preciso migrar
sua produção da Itália para o Brasil, pois no país considerado o berço da moda
mundial encontrou dificuldades com relação à criação, diante da falta de
flexibilidade e interesse em desenvolver produtos verdadeiramente inovadores e
conceituais. Além disso, o designer ressaltou que, no país europeu, não
conseguia dar o conforto necessário ao seu produto, o que encontrou somente
quando passou a produzir no Brasil. “No Brasil encontrei solucionadores de
problemas, dispostos a encontrar caminhos para viabilizar ideias”, disse.
Atualmente, o criador produz no Vale do Sinos, polo calçadista localizado no
Rio Grande do Sul.
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