Os fretes marítimos de importação entre a China e o Brasil, uma das
principais rotas do comércio exterior brasileiro, subiu quase seis vezes
nos últimos dois anos e fecharam 2017 com a média mais alta do mundo na
comparação com outros destinos.
Segundo dados levantados pela consultoria Solve Shipping a pedido do
Valor, o frete spot referência de um contêiner de 20 pés (Teu) saindo
do porto de Xangai para o de Santos encerrou 2017 em US$ 2,7 mil em
média. É mais que o dobro do registrado na segunda rota mais cara, entre
Xangai e a Costa Leste dos Estados Unidos.
A explicação é simples. De um lado caiu à metade, para três, o número
de serviços de navegação entre Ásia e Brasil de outubro de 2015 a
dezembro de 2017. Uma medida deliberada dos armadores (donos de navios)
após anos de superoferta no transporte marítimo que derrubaram os fretes
e afetaram seus balanços. Além disso, houve queda nas importações
brasileiras em virtude da crise.
Outro ponto é a falta de investimento nos portos brasileiros, que impede que os grandes navios sejam utilizado aqui com plena capacidade. Com isso, a operação com contêiner é maior do que a registrada em outros terminais globais.
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