O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje
(29) que as prisões feitas na Operação Skala, da Polícia Federal, nesta manhã, não
enfraquecem o governo e defendeu o Decreto dos Portos. Questionado
se as prisões na manhã de hoje de pessoas ligadas ao presidente Michel
Temer enfraquecem o governo, Marun negou e reafirmou a certeza de que o
presidente não tem relação com concessão de nenhum benefício à Rodrimar,
empresa investigada por suposto favorecimento pelo decreto.
"A
prisão de dois amigos do presidente é uma situação em relação a qual
nós ainda não temos um conhecimento específico dos motivos que levaram a
ela”, disse. E completou: “Quero antes de mais nada ter conhecimento
dos motivos [das prisões] e tenho a certeza de que se isso não for
tratado com parcialidade, com sensacionalismo, não enfraquece o governo
porque o presidente Temer nada tem a ver com isso. O decreto não
beneficia a Rodrimar”, disse o ministro.
Entre os presos
temporários estão o advogado José Yunes, ex-assessor do presidente
Michel Temer; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi; o
presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco (foto). A polícia apura as
suspeitas de que agentes públicos favoreceram empresas do setor
portuário com a publicação de um decreto assinado pelo presidente Temer
em maio do ano passado, o chamado Decreto dos Portos (Decreto
9.048/2017).
Por determinação do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal restringiu a divulgação de informações a respeito da operação. Marun disse ainda que a “absoluta inocência” do presidente Michel Temer será esclarecida. “Temos
a mais absoluta convicção de que, em havendo clareza, em havendo
imparcialidade na condução das investigações, chegaremos a óbvia
conclusão: o Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar e que ao final
restará esclarecida a absoluta inocência do presidente em relação a tudo
isso”, disse em entrevista a jornalistas após participar de evento em
Florianópolis (SC).
De acordo com o Ministério Público
Federal, vários mandados de prisão temporária e de busca e apreensão
estão sendo cumpridos pela PF, a pedido da procuradora-geral da
República, Raquel Dodge. As medidas foram determinadas pelo ministro
Luís Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no STF. O
inquérito foi aberto pela Corte para investigar o suposto favorecimento
da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos
Portos (Decreto 9.048/2017), assinado pelo presidente Michel Temer em
maio do ano passado.
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