O mercado financeiro reduziu pela oitava semana seguida a projeção
para a inflação neste ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,63% para 3,57%, de acordo com o
Boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) sobre os
principais indicadores econômicos.
A projeção segue abaixo do
centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a
estimativa para a inflação caiu de 4,20% para 4,10%, ficando mais
distante do centro da meta (4,25%).
Para
alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica
de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Copom aumenta a
Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle sobre a inflação.
O mercado não espera por
mais cortes de juros este ano. De acordo com a previsão das instituições
financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo
de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.
A
estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno
Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste
ano, subiu levemente de 2,83% para 2,89%. Para 2019, a projeção segue em
3%.
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