O governo chinês advertiu neste domingo o presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, que não ficará de braços cruzados se
Washington iniciar uma guerra comercial, na qual tomará "as medidas
necessárias" para defender seus interesses.
"A China não
quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se os EUA aprovarem
ações que danificam os interesses chineses, a China não ficará de
braços cruzados e tomará as medidas necessárias", afirmou em entrevista
coletiva Zhang Yesui, porta-voz do plenário da Assembleia Nacional
Popular (ANP, legislativo).
Zhang avisou também que "as políticas
baseadas em juízos ou presunções equivocadas danificarão as relações e
trarão consequências que lugar algum gostaria de ver".
Essas
manifestações vêm depois Trump ter anunciado ao longo da semana que o
governo americano acrescentará tarifas à importação de aço e alumínio e
dito que as guerras comerciais "são boas".
Zhang lembrou que o
total de trocas comerciais entre ambas as potências econômicas alcançou
mais de US$ 580 bilhões em 2017, por isso "é natural que haja alguns
atritos".
No entanto, insistiu que a cooperação é a única saída
para essas diferenças e citou como exemplo a visita a Washington
realizada nessa semana pelo principal assessor econômico do governo
chinês, Liu He, para uma série de reuniões com responsáveis do governo
americano.
"É importante que ambas as partes percebam as
intenções estratégicas recíprocas de forma correta e com mente aberta",
ressaltou Zhang na entrevista coletiva prévia à abertura do plenário
anual da ANP, que começará na segunda-feira e terminará no dia 20 de
março.
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