A produção industrial brasileira caiu 2,4% em janeiro deste ano, na
comparação com dezembro. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram
divulgados hoje (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A queda registrada foi a maior
desde fevereiro de 2016 e interrompeu uma sequência de resultados
positivos que já somava quatro meses. Nesse quadrimestre, o crescimento
havia sido de 4,3%.
Em relação a janeiro de 2017, a produção
industrial cresceu 5,7%. A variação positiva foi a nona consecutiva na
comparação de um resultado mensal com o mesmo mês do ano anterior.
Nos últimos 12 meses, a produção industrial brasileira acumula um crescimento de 2,8%.
A
queda da indústria em relação a dezembro foi registrada entre os bens
de capital (-0,3%), intermediários (-2,4%) e de consumo duráveis
(-7,1%). Os semiduráveis e não duráveis tiveram variação positiva de
0,5%.
Segundo
o IBGE, a queda teve um perfil generalizado, porque além de abranger
essas três categorias econômicas, também se espalhou por 19 dos 24 ramos
da indústria.
A principal influência negativa no resultado
global foi verificada na indústria de veículos automotores, reboques e
carrocerias (-7,6%). Também tiveram peso no resultado os setores de
metalurgia (-4,1%), de produtos de borracha e de material plástico
(-5,4%) e de produtos alimentícios (-1,1%).
Entre os ramos que
mais aumentaram a produção, destacam-se o de produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (21%), a indústria extrativa (2,2%) e a de bebidas (5%).
A
comparação do resultado de janeiro de 2018 com o mesmo mês de 2017
mostra que houve crescimento em 20 dos 26 ramos. Nesse cenário, a
indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias tem posição
inversa e passa a exercer a principal influência positiva, com
crescimento de 27,4%.
Frente ao primeiro mês de 2017, janeiro de
2018 também registrou crescimento em todas as categorias econômicas. A
indústria de bens de capital cresceu 18,3% e a de bens de consumo
duráveis, 20%.
A categoria de bens de consumo duráveis cresceu
com o aumento na produção de automóveis (17,3%) e de eletrodomésticos da
linha marrom (50,4%).
A de bens intermediários (4,2%) e a de
bens de consumo semi e não duráveis (3,0%) também cresceram, mas abaixo
da média global de 5,7% de expansão.
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