Mais uma vez fatores externos adiam a assinatura da extensão do
contrato de arrendamento do terminal de contêineres do Porto de Itajaí à
APM Terminals. O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou que
pretende aguardar o desfecho do inquérito que investiga a relação entre o
presidente Michel Temer e os terminais portuários para se manifestar
sobre a legalidade do Decreto 9.048/17, publicado em 10 de maio do ano
passado, que alterou as regras do setor.
Até lá, várias empresas ficarão impedidas de ajustar seus contratos à
nova legislação e, consequentemente, de tirar do papel investimentos
estimados em R$ 13 bilhões. Somente a AMP Terminals deve investir cerca
de R$ 400 milhões no porto de Itajaí após a renovação de seu contrato.
Recursos cruciais para o desenvolvimento da atividade portuária na
cidade.
A justificativa é a preocupação do TCU em não contaminar o ambiente
político, sobretudo diante das crescentes especulações sobre uma suposta
nova denúncia contra o presidente da República. Temer é suspeito de ter
atuado para beneficiar empresas do setor com a elaboração do Decreto
9.048/17.
O decreto abriu um prazo de 180 dias para que as empresas
interessadas em aderir às mudanças se manifestassem. Em seguida, os
contratos seriam alterados para que ficassem alinhados às novas regras.
Quase 200 empresas se manifestaram, entre elas, a APM Terminals, para a
renovação antecipada de seu contrato em Itajaí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário