O setor de Estatísticas e Gerência de Operações da
Superintendência do Porto de Itajaí divulgou os resultados do primeiro bimestre de 2018 confirmando as previsões otimistas em relação a movimentação portuária do
Complexo. Somente no mês de fevereiro, houve recuperação com o aumento de linhas nos berços 1 e 2 na margem
direita (porto público – área da APMT), que é a empresa arrendatária do
Porto de Itajaí, e que depois de dois anos e meio (31 meses),
apresentou excelentes números em escalas e tonelagem.
Segundo o relatório final de estatísticas, fevereiro registrou 77 escalas de navios atracados no Complexo, sendo 31
escalas na APM Terminals. A movimentação nos berços públicos (APM
Terminals) elevou no acumulado do ano (primeiro bimestre) para 54 atracações e registrou um crescimento de 29% em relação ao ano anterior, quando foram somados na época 42 navios atracados.
Foi registrado ainda uma movimentação de 981.913 toneladas e em específico, na APM Terminals, foram movimentadas 327.855
toneladas, sendo a segunda melhor movimentação registrada na margem
direita desde julho de 2015, quando na época foram movimentadas 333.080 toneladas. Somando os dois primeiros meses de 2018, comparados com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 33% na movimentação de toneladas.
Na movimentação total do complexo no segmento de cargas contêinerizadas no mês de fevereiro foram registrados 81.961 teus
(Twenty Foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um
contêiner de 20 pés de comprimento), e na APM Terminals 27.559 teus. Houve uma queda de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, em 2017.
No período de março de 2017 a fevereiro de 2018 (últimos 12 meses),
foram movimentados 221.399 contêineres (teus), com 2.180.360 toneladas,
verificando-se um crescimento de 12% em relação ao
período de março de 2016 e fevereiro de 2017, quando foram movimentados
197.939 contêineres (TEU’s) com 1.920.343 toneladas.
Somente em relação à movimentação total do mês de fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018, a APMT registrou um crescimento de 78% e no complexo 2%. De acordo com o assessor de Direção da Superintendência, Héder Cassiano Moritz, esse acréscimo registrado em fevereiro de 2018 tem suas justificativas:
“Na margem direita do rio, onde está situado o porto público, ou seja
nos berços 1 e 2, esse reflexo vem sendo comprovado, e
consequentemente com o berço 3 totalmente recuperado e concluído, que
em pouco tempo já estará sendo utilizado para operações de atracações no
cais, os resultados tendem a aumentar significativamente . As melhorias
internas de infraestrutura que também estamos fazendo em áreas de
pátios de armazenagem e canteiro de obras (porto público) somadas ao
aumento de escalas de navios efetuadas através de novas linhas de
atracações proporcionaram esse avanço. Este primeiro bimestre já aponta
uma recuperação na movimentação de cargas no Complexo Portuário como um
todo. Possivelmente teremos um primeiro trimestre com números positivos
e esse é um excelente indicativo para o restante deste ano”, concluiu.
No Terminal Portonave, em Navegantes, 42 escalas foram
registradas no mês de fevereiro e sua movimentação total de cargas foi
de 632.009 toneladas com 54.402 teus movimentados, elevando sua
movimentação acumulada do ano para 1.402.591 toneladas, com 100 escalas
no primeiro bimestre de 2018.
Os demais terminais privativos registraram as seguintes movimentações de navios e cargas no mês de fevereiro: Braskarne (3 escalas) com 20.725 toneladas e crescimento de 61% – Teporti (1 escala), com 1.324 toneladas e crescimento de 54% – Polyterminais (sem escalas). Estes terminais demonstraram equilíbrio nos números em relação ao mesmo período de fevereiro do ano passado.
No mês de fevereiro foi registrado apenas uma (01) impraticabilidade
da barra em função de ocorrência de ondas e ventos acima dos limites
operacionais. O cancelamento da escala do navio foi decidido por
conveniência do armador.
Num comparativo entre 2017 e 2018, os principais produtos exportados em fevereiro que tiveram crescimento foram: Fumo (81,2%), Papel e Derivados (224,6%) seguido por Cerâmicas e Vidros (175,7%). Ainda quanto aos produtos exportados, permanece em baixa devido ao
bloqueio na compra de carnes e frango congelado e de suínos feito pela
Rússia desde novembro de 2017. A queda das cargas frigorificadas
(Reefer) foi de -20,2% (Frango), -20,9% (Carnes) e -69,4% (Peixes).
Nas mercadorias importadas o destaque de fevereiro foi: Cerâmica e Vidros (143,6%), Alimentos em geral (74,1%) e Plásticos e Borrachas (61,8%). Na totalização da movimentação da balança comercial, fevereiro destacou ainda 59% no sentido de cargas exportadas e 41% de cargas importadas do comércio exterior de Santa Catarina tendo ainda participação na Corrente de Comércio com 64,1% e no Brasil com 3,8%.
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