Os novos projetos de arrendamentos previstos para o Porto de Paranaguá
aumentarão em 57% a capacidade de carregamento diário de grãos no
terminal paranaense. Atualmente, estão interligados ao Corredor de Exportação (Corex) do
Porto de Paranaguá dez empresas e uma outra está em fase de implantação.
A capacidade estática do Corex gira em torno de 1,5 milhão de
toneladas, com capacidade de embarque estimada de 140 mil toneladas/dia,
utilizando seis shiploaders.
“Com a implantação de dois novos armazéns e a inclusão de dois novos
berços de atracação no Corredor de Exportação, a capacidade estática
passará para 1,8 milhão de toneladas, ou seja, 20% a mais do que a
capacidade atual”, explica o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique
Dividino. “Já a capacidade de carregamento diária terá um aumento de
57%, chegando a 220 mil toneladas”, completa.
Além da capacidade de carregamento os novos arrendamentos trarão outros
benefícios como o aumento da concorrência, melhoria na prestação dos
serviços portuários e redução de custos para os usuários do porto. “Com a implantação destes novos projetos, a Appa pretende atender os
navios na forma de janela de atracação, ou seja, com data marcada,
zerando o tempo de espera para atracação, garantindo o pronto
atendimento aos exportadores do Paraná e do Brasil”, explica Dividino.
O PAR 07 se refere ao arrendamento do terminal
portuário para movimentação de granéis sólidos vegetais, pelo período de
35 anos. Localizado dentro do complexo do Corredor de Exportação, a
área com 45.358 m2, possui espaço para armazéns, silão, área para
descarregamento e a área projetada das correias transportadoras. A
capacidade de movimentação futura do terminal será de 6,3 milhões de
toneladas por ano. Os investimentos necessários para o desenvolvimento
do terminal e construção de um berço de atracação no píer em forma de T
estão estimados em aproximadamente R$ 328 milhões.
Já o PAR 08, localizado em frete ao berço 213, se refere ao arrendamento
do terminal portuário para movimentação de granéis sólidos vegetais,
pelo período de 35 anos. A área de 41.129 m2, possui espaço para
armazéns, área para descarregamento e a área projetada das correias
transportadoras. A capacidade de movimentação futura do terminal será de
2,5 milhões de toneladas de grãos por ano. Os investimentos previstos
para o desenvolvimento do terminal são de R$ 399 milhões e incluem a
construção do píer em T.
O terceiro e último arrendamento aprovado pelo Governo Federal é o do
terminal portuário PAR XX, que também movimentará granéis sólidos
vegetais, pelo período de 35 anos. A área de 22.853 m2 está localizada
onde se encontra atualmente o almoxarifado da Appa, além do terreno ao
lado. O terminal terá capacidade de movimentação de 3 milhões de
toneladas por ano, exigindo investimentos de aproximadamente R$ 193
milhões.
“Não se trata da privatização do porto público, mas sim do arrendamento
de algumas áreas disponíveis, para construção de novos armazéns
graneleiros, que irão se interligar as áreas primárias públicas do
Porto”, esclarece Dividino. Ele explica, que a concessão das três áreas acontecerá mediante processo
público, onde todas as empresas interessadas em ter um terminal
portuário poderão participar do processo. O prazo previsto para seleção
dos futuros arrendatários é 2018 e o processo será conduzido pela
Secretaria Nacional de Portos, que está fazendo ajustes finais nos
projetos.
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