As exportações brasileiras de carne bovina cresceram em agosto 13,4% ante julho e 34 por cento na comparação com o mesmo mês do ano
passado, para 145.822 toneladas, atingindo os maiores volumes em quase
quatro anos. A informação foi dada nesta segunda-feira pela Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
O faturamento com as vendas externas do Brasil, maior exportador
global, superou 607 milhões de dólares em agosto, alta de 12,8 por cento
ante o mês anterior --crescendo também 34 por cento ante agosto do ano
passado--, na medida em que grandes importadores como a China têm
elevado a demanda.
O resultado foi o melhor desempenho do setor desde outubro de 2013,
em volume, e dezembro de 2014, em faturamento, ressaltou a Abiec.
“A Abiec continua focando seus esforços na abertura de novos mercados
e ampliação da presença em parceiros estratégicos. E a China tem sido
prioridade”, disse em nota a associação. A Abiec informou que Hong Kong continuou sendo o principal importador
da carne bovina brasileira, responsável pela compra de 34.540 toneladas
em agosto (7,4 por cento a mais do que foi comercializado em julho),
seguido por Egito, que importou 23.070 toneladas (+27,8 por cento), e
China, com 18.565 toneladas (+ 15,1 por cento).
Em agosto, a carne in natura se manteve como categoria mais
exportada, gerando faturamento de mais de 520 milhões de dólares, com
embarque superior a 123 mil toneladas, de acordo com dados da Abiec.
Segundo uma outra entidade representativa de frigoríficos no país, a
Abrafrigo, “o mercado externo está atravessando um momento muito
favorável”, que está sendo aproveitado por quase todos os países
exportadores, que têm aumentado suas vendas principalmente para o
mercado chinês.
A Abrafrigo afirmou que, se a tendência se mantiver até o final do
ano, o Brasil poderá superar um pouco a meta de crescer 10 por cento em
relação a 2016, ano de queda nas vendas, atingindo a comercialização de
mais de 1,5 milhão de toneladas.
No acumulado de 2017, as vendas de carne bovina in natura e
processada alcançaram 930.466 toneladas, praticamente o mesmo resultado
visto no mesmo período do ano passado, disse a Abrafrigo, citando dados
do governo. Já as receitas subiram 5 por cento, somando 3,77 bilhões de
dólares ante 3,58 bilhões em 2016.
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