O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a
compra da transportadora marítima alemã Hamburg Süd pela Maersk,
conglomerado dinamarquês que atua nos setores de transporte e energia. O negócio já foi aprovado nos Estados Unidos, União Europeia,
Austrália, Costa Rica, Equador, Israel, Japão, México, Marrocos, Nova
Zelândia, Paquistão, Suíça, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Há notificações
em análise no Chile, China, Colômbia, Honduras, Paraguai, África do Sul e
Coreia do Sul.
De acordo com a Maersk, conforme explicado em relatório da
Superintendência Geral do Cade, a “operação representa a combinação de
duas empresas de transporte marítimo regular de contêineres com ofertas
complementares em termos geográficos e de clientela, possibilitando a
geração de eficiências de custos significativa”.
A autoridade antitruste entendeu que de todos os mercados em que as
duas empresas operam, “apenas os de transporte marítimo regular de
contêineres, movimentação de contêineres, manutenção e reparo de
contêineres (Itapoá) e cabotagem demandaram uma análise mais aprofundada
quanto à probabilidade de exercício de poder de mercado em decorrência
do ato de concentração”.
Entretanto, “a apreciação da rivalidade no mercado, de forma
individualizada rota a rota e sob a perspectiva global, afastou a
probabilidade de exercício de poder de mercado por parte da Maersk após a
operação”. Outro ponto destacado pelo Cade foi a “iniciativa unilateral
da Maersk, por meio do desinvestimento da Mercosul”, o que afastou
preocupações concorrenciais no mercado de cabotagem.
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