A armadora Log-In, responsável pelos 46 contêineres que caíram no mar
no mês passado, foi autuada em R$ 160 mil pela Prefeitura de Guarujá. A
multa foi emitida por conta do grande volume de resíduos lançados nas
praias e costões rochosos do Município como consequência do acidente.
Em 11 de agosto, o navio Log-In Pantanal concluiu operações no
terminal Embraport, na Área Continental de Santos, e aguardava na barra
para retornar ao complexo a fim de concluir seu carregamento na Brasil
Terminal Portuário (BTP), na Alemoa. Enquanto esperava por uma nova
janela de atracação, enfrentou uma forte ressaca no mar e os 46
contêineres caíram no mar.
As cargas dos contêineres se espalharam por um raio de 500
quilômetros, atingindo praias da região e até áreas de preservação
ambiental. Em Guarujá, além de produtos, foram vistos contêineres
boiando nas praias, como no Saco do Major.
“A cidade mais atingida ambientalmente por acidentes que acontecem no
Porto de Santos é Guarujá. Nós entramos em contato com a empresa,
ficaram de nos mandar informações e não enviaram”, disse o secretário de
Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha.
Segundo ele, não foram encontrados representantes da armadora no
endereço indicado por ela como um escritório em Santos. Desta forma,
ficou ainda mais difícil para o município a busca por informações sobre
as cargas que estavam nos 46 contêineres caídos.
Além dos produtos que foram encontrados nas praias da Cidade, há uma
preocupação com relação às caixas metálicas ainda submersas. Entre elas,
segundo Aranha, existem produtos que podem prejudicar o meio ambiente.
“Temos informações de, pelo menos, um contêiner inteiro carregado com
tonners de impressora, altamente poluente. E ele está desaparecido”,
destacou o secretário.
Dos 46 contêineres que caíram do navio, oito boiaram no mesmo dia – e
desses, quatro foram removidos pela empresa. As outras caixas metálicas
foram saqueadas. Em seguida, a empresa iniciou o rastreamento do leito
marítimo, com o objetivo de identificar o local onde os contêineres
caíram.
Foram identificados 37 alvos nas varreduras – ainda é necessário
verificar se eles são as caixas metálicas ou outros objetos perdidos na
barra. Em 12 desses alvos foram identificados contêineres.
O prazo dado pelo Instituto Brasileiro de Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) para o recolhimento das caixas metálicas se encerra
no próximo dia 30. No entanto, a empresa não garante que será possível
realizar a operação neste período.
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