A colheita de soja da safra 2017/18 na Argentina deve cair até 7 por
cento ante a temporada anterior, para 52 milhões de toneladas, devido a
baixas produtividades esperadas e ao excesso de chuvas, disseram
especialistas agrícolas.
Assim como na temporada passada, o milho, que compete por área com a
soja, deverá expandir sua área às custas da oleaginosa, que fica menos
atrativa para os produtores devido a baixas margens de ganhos em meio a
uma ampla oferta global.
Além disso, as fortes chuvas desde o primeiro semestre do ano na
principal região agropecuária da Argentina provocaram amplas inundações,
que reduziram a superfície disponível para a oleaginosa.
“A estes níveis de preços, a soja não é algo que os produtores
estejam ansiosos para o plantio”, disse o analista da consultoria
Panagrícola, Ricardo Baccarin, que ressaltou que a produção cairia 7 por
cento.
Para o presidente da consultoria Agritend, Gustavo López, a colheita
de soja da nova temporada, que começa em outubro, deve cair 3,5 por
cento ante a safra anterior, para 55 milhões de toneladas. “Parece um
ano mais para o milho do que para a soja”, disse.
A BRC estimou que a colheita de soja da Argentina em 2017/18 deverá
somar 54,5 milhões de toneladas, 4,9 por cento abaixo das 57,3 milhões
em 2016/17.
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