O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi,
defendeu hoje (26), em São Paulo, a expansão das importações brasileiras
no setor agrícola, mesmo em áreas exportadoras como meio de conquistar
mais clientes no mercado globalizado. Essa estratégia é adotada pela
China que, mesmo sendo o maior importador de alimentos do mundo, é o
maior país agrícola, observou o ministro. Ele fez as declarações no fim
da manhã, pouco antes de embarcar para o Peru onde vai discutir questões
bilaterais.
Maggi citou a Polônia como exemplo de parcerias e
disse que este país tem demonstrado interesse em vender carne suína para
o Brasil. Se eles tiverem condições de atender as exigências, vamos
liberar”, afirmou o ministro. A produção brasileira de suínos está em
torno de 3,7 milhões de toneladas, mas, conforme o ministro, as
exportações ainda enfrentam restrições fitossanitárias.
Segundo o ministro, as vendas externas de carne in natura
poderão ter melhor desempenho a partir do próximo ano, pois está
prevista para abril de 2018, a conquista da certificação livre de aftosa
com vacinação para o produto.
As afirmações foram feitas em
palestra a empresários e executivos da suinocultura, na 5ª Semana
Nacional da Carne Suína, promovida pela Associação Brasileira dos
Criadores de Suínos (ABCS), com o apoio do ministério e do Serviço
Basileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).
Em
sua fala, o ministro voltou a destacar a previsão de uma supersafra
estimada em mais de 240 milhões de toneladas de grãos. Entre os
benefícios da boa colheita, apontou o retorno aos investimentos dos
criadores de suínos, lembrando que os preços de um dos principais itens
de engorda destes animais, o milho, baixaram de preços em relação ao ano
passado.
Na avaliação de Maggi, nada impedirá a economia
brasileira de seguir adiante na retomada do crescimento, nem mesmo a
nova denúncia contra o presidente Michel Temer encaminhada pela
Procuradoria-Geral da República à Câmara dos Deputados por crime de
obstrução à Justiça e organização criminosa. “Vamos decolar na economia
brasileira”, disse o ministro, acreditando no descolamento das ações do
mercado do andamento das questões políticas.
Os produtores de
suínos estão em campanha para aumentar as vendas ao mercado interno e,
para isso, iniciaram ações de esclarecimento aos consumidores quanto aos
aspectos nutricionais, de qualidade e saudabilidade da carne suína como
proteína, atingindo 589 pontos do comércio varejista 18 estados.
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