Mais de mil empresários brasileiros e alemães se reuniram nesta
segunda-feira, 16, em Natal, para discutir parcerias na relação
comercial entre os dois países. O 37º Encontro Empresarial
Brasil-Alemanha (EEBA), que se encerra nesta terça-feira, 17, é organizado pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias
Alemãs (BDI), com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio
Grande do Norte (Fiern). O presidente em exercício, Hamilton Mourão,
participou da abertura do encontro, prevista para as 9h.
A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás da
China, dos Estados Unidos e da Argentina. A participação da potência
europeia na corrente de comércio do Brasil em 2018 foi de 3,75%. Mais de
54% dos produtos brasileiros exportados para a Alemanha são
industrializados, incluindo máquinas mecânicas, automóveis, máquinas
elétricas e produtos farmacêuticos. Em relação às importações, 99% das
mercadorias que o Brasil compra do país europeu são bens industriais.
Pesquisa da CNI com empresários brasileiros que investem e exportam
para a Alemanha mostrou os principais temas que precisam avançar na
agenda dos dois países. O levantamento foi entregue ao governo
brasileiro para subsidiar a reunião da Comissão Mista de Cooperação
Econômica Brasil-Alemanha, que ocorrerá no dia 17 de setembro.
"Na consulta ficou clara a necessidade de se internalizar rapidamente
o acordo comercial Mercosul-União Europeia, que ampliará as
oportunidades de acesso a mercados para os dois países, além de melhorar
o ambiente de negócios para promover o comércio de bens e serviços e os
investimentos bilaterais. O setor produtivo do Brasil entende que o
apoio da Alemanha foi essencial para a conclusão do acordo, anunciada em
28 de julho, e avalia que esse mesmo apoio será importante para a
aprovação do tratado pelo Parlamento Europeu, o que deve ocorrer ao
longo dos próximos dois anos", diz a CNI.
Segundo a confederação, as empresas brasileiras também defendem o
início das negociações de um acordo para evitar a dupla tributação (ADT)
e de reconhecimento mútuo entre os programas brasileiro e europeu de
Operador Econômico Autorizado (OEA). O programa concede tratamento
diferenciado para operações de comércio exterior que envolvem
movimentação internacional de mercadorias. Entre os benefícios
oferecidos às empresas certificadas pelos programas estão
a simplificação, facilidade e agilidade de procedimentos aduaneiros no
país e no exterior.
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