O
estaleiro Rio Grande, no Litoral Sul do Rio Grande do Sul, ganhou uma nova
finalidade após o cancelamento das construções de plataformas de petróleo. A
Ecovix, administradora do estaleiro, que está em recuperação judicial, foi um
dos alvos da Operação Lava Jato.
A estrutura agora serve de base de
apoio para carregar grandes navios. As embarcações muitas vezes deixam o Porto
de Rio Grande sem estarem totalmente carregados em função da profundidade do
canal, o que traz risco de encalhamento.
Três operações desse tipo foram
autorizadas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários. A
Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul quer autorização dos órgãos
reguladores para tornar isso mais frequente.
Com a parada no estaleiro, onde a
profundidade é maior porque o canal foi dragado, as embarcações podem ser
carregadas com o que faltava. Graças à operação, os navios podem deixar o porto
completamente carregados, o que contribui com as exportações e gera renda para
o estado. Além disso, diminui os custos para as empresas, já que evita que as
embarcações parem em Santa Catarina, para finalizar o carregamento, antes de
seguir viagem.
Em 2010, a Petrobras contratou a
Ecovix para fabricar oito cascos de plataforma. Três anos depois, a Operação
Lava Jato descobriu irregularidades e prendeu diretores do estaleiro. Em
dezembro de 2016, o projeto de quase R$ 10 bilhões foi cancelado e 3,2 mil
trabalhadores demitidos.
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