Com uma safra recorde de
cerca de 100 milhões de toneladas de milho, as exportações do cereal foram
recorde em agosto deste ano e atingiram US$ 1,34 bilhão no período (+169,2%) e
também em quantidade embarcada com 7,6 milhões de toneladas (+170,5%). O
recorde anterior para os meses de agosto ocorreu em 2017, quando o país exportou
5,3 milhões de toneladas.
Os cinco principais países importadores de milho brasileiro, no mês, foram
Egito (894,3 mil toneladas), Irã (885 mil toneladas), Japão (831,7 mil
toneladas), Espanha (798,1 mil toneladas) e Vietnã (633,6 mil toneladas).
O algodão foi outro produto com destaque nas exportações com incremento nas
vendas de 51%, com US$ 66 milhões e embarques de 41 milhões de toneladas (71%).
Outro setor com ganho real foi o café (verde e solúvel) que registrou aumentou
de 6,9% ou US$ 404 milhões e 187 mil toneladas vendidas no exterior (+30%). No complexo sucroalcooleiro, o etanol teve desempenho favorável passando de US$
117,35 milhões, em agosto de 2018, para US$ 161,75 milhões em agosto deste ano
(+37,8%).
O complexo soja é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro. No
entanto, o desempenho nesse mês caiu 38,7% em comparação ao registrado no mesmo
mês do ano passado. A queda, segundo a Secretaria de Comércio e Relações
Internacionais (SCRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), ocorreu principalmente por causa da diminuição das exportações do grão
para China, em razão da febre suína africana que atinge o rebanho país asiático
e, com isso, reduziu a demanda de soja. Outro motivo foi a baixa do preço da commodity
no mercado internacional (-10,1%).
No mês passado, a China reduziu as compras de soja brasileira para 4,1 milhões
de toneladas, menos 2,8 milhões de toneladas em relação às 6,9 milhões de
toneladas exportadas em agosto de 2018. "Deve-se ressaltar que a queda nas
exportações de soja em grão à China foi idêntica à queda para o mundo",
diz nota da secretaria.
As exportações do agronegócio foram de US$ 8,27 bilhões, em agosto deste ano,
uma redução de 11% em comparação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a
SCRI, essa queda foi resultado, principalmente, do recuo dos preços médios de
exportação dos produtos do agronegócio brasileiro (-7,2%) e da queda da
quantidade embarcada (-4,1%).
Mesmo com as reduções, a participação dos produtos do agronegócio aumentou no
total das exportações brasileiras, chegando a 44,1%. "Tal efeito ocorreu
em virtude da queda mais pronunciada nas exportações dos demais produtos que
não são do agronegócio. Esses produtos tiveram redução de 14,5%, portanto, uma
queda superior aos 11% das exportações do agronegócio brasileiro", diz a
nota.
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