sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Corte no orçamento do Ministério dos Transportes atrasa obras de infraestrutura estratégicas

         O contingenciamento de quase 40% no orçamento do Ministério dos Transportes está provocando atrasos em obras de infraestrutura consideradas estratégicas. Segundo reconheceu a secretária-executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa de Souza, o fator traz uma diminuição no ritmo das obras. “Foi um ano duro para os transportes. Nós vínhamos em um ritmo de execução de obras de mais ou menos R$ 12 bilhões ao ano nos últimos cinco anos. Neste ano, nós tivemos um contingenciamento de 40%. Tivemos 9 bilhões para executar”, lamentou.
          A crise econômica e as restrições orçamentárias, apontou ela, retardaram a conclusão de obras que integram o Plano Nacional de Logística de Transportes como a Ferrovia Norte-Sul. O Trecho Ouro Verde (GO) – Estrela d’Oeste (SP), por exemplo, deveria ser entregue em dezembro deste ano, mas só será concluído em fevereiro de 2016. Por falta de repasses federais, a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pelo empreendimento, atrasou o pagamento a empresas que, por sua vez, demitiram empregados e paralisaram obras.
          Hoje, segundo a Valec, existem cerca de 1,2 mil pessoas trabalhando nas obras da Ferrovia Norte-Sul. “Se os fluxos de recursos forem repassados para a Valec na forma como está previsto no orçamento, nós devemos entrar em uma situação positiva entre março e abril do ano que vem, o que nos permitirá conversar com as empresas no sentido de retomar as obras em seu curso normal”, avaliou o diretor da Valec, Mário Mondolfo.

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