O contingenciamento de quase 40% no orçamento do Ministério dos
Transportes está provocando atrasos em obras de infraestrutura
consideradas estratégicas. Segundo reconheceu a secretária-executiva do
Ministério dos Transportes, Natália Marcassa de Souza, o fator traz uma
diminuição no ritmo das obras. “Foi um ano duro para os transportes. Nós
vínhamos em um ritmo de execução de obras de mais ou menos R$ 12
bilhões ao ano nos últimos cinco anos. Neste ano, nós tivemos um
contingenciamento de 40%. Tivemos 9 bilhões para executar”, lamentou.
A crise econômica e as restrições orçamentárias, apontou ela, retardaram
a conclusão de obras que integram o Plano Nacional de Logística de
Transportes como a Ferrovia Norte-Sul. O Trecho Ouro Verde (GO) –
Estrela d’Oeste (SP), por exemplo, deveria ser entregue em dezembro
deste ano, mas só será concluído em fevereiro de 2016. Por falta de repasses federais, a Valec Engenharia, Construções e
Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes,
responsável pelo empreendimento, atrasou o pagamento a empresas que, por
sua vez, demitiram empregados e paralisaram obras.
Hoje, segundo a Valec, existem cerca de 1,2 mil pessoas trabalhando nas
obras da Ferrovia Norte-Sul. “Se os fluxos de recursos forem repassados
para a Valec na forma como está previsto no orçamento, nós devemos
entrar em uma situação positiva entre março e abril do ano que vem, o
que nos permitirá conversar com as empresas no sentido de retomar as
obras em seu curso normal”, avaliou o diretor da Valec, Mário Mondolfo.
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