Em mês tradicionalmente marcado por baixas vendas ao mercado externo,
o superávit da balança comercial (diferença entre exportações e
importações) caiu em novembro. No mês passado, o país exportou US$ 3,54
bilhões a mais do que importou, informou há pouco o Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O saldo positivo é
inferior ao superávit de US$ 4,75 bilhões registrado em novembro do ano
passado.
Apesar do recuo, a balança comercial atingiu uma marca
inédita. Nos 11 primeiros meses do ano, as exportações superaram as
importações em US$ 62 bilhões. Esse é o melhor resultado para o período
desde o início da série histórica, em 1989. De janeiro a novembro do ano
passado, a balança comercial tinha registrado superávit de US$ 43,26
bilhões.
O saldo positivo até novembro supera todo o superávit
comercial registrado em 2016: US$ 47,7 bilhões, até então o melhor
resultado da série histórica. De acordo com o MDIC, a expectativa é que a
balança comercial encerre 2017 com superávit entre US$ 65 bilhões e US$
70 bilhões.
Em
novembro, o Brasil exportou US$ 16,68 bilhões, alta de 2,9% sobre o
mesmo mês do ano passado pelo critério da média diária. O aumento
decorreu principalmente da valorização das commodities (bens primários
com cotação internacional) no mercado externo. A recuperação da
economia, no entanto, fez as importações subir em ritmo maior. No mês
passado, o país comprou US$ 13,14 bilhões do exterior, alta de 14,7% na
mesma comparação também pelo critério da média diária.
Em relação
às exportações, as vendas de produtos básicos aumentaram 26,5% em
relação a novembro do ano passado. As vendas de produtos
semimanufaturados subiram 3,1%. No entanto, as exportações de produtos
manufaturados caíram 14,2% na mesma comparação. O crescimento das
importações foi puxado pelas compras de combustíveis e lubrificantes
(+69,2%), de bens de consumo (+20%), de bens de capitais (máquinas e
equipamentos para produção), com alta de 10,8%, e de bens intermediários
(+6,7%).
De janeiro a novembro, o país exportou US$ 200,15
bilhões, com alta de 18,2% sobre os 11 primeiros meses do ano passado
pelo critério da média diária. As importações, por sua vez, totalizaram
US$ 138,14 bilhões, crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período de
2016, também pela média diária.
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