O presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), depois de suspender a sessão do Congresso Nacional, retomou os trabalhos do plenário da Casa
com o objetivo de votar a maior quantidade de projetos possível antes do
recesso parlamentar. A intenção do parlamentar é limpar a pauta até a
manhã desta quinta-feira (14), já que os deputados e senadores se
comprometeram com a votação do Orçamento de 2018 ainda nesta madrugada
e, na semana que vem, as discussões devem ficar esvaziadas.
Após
aprovarem um calendário especial que permite a tramitação acelerada de
projetos, os senadores aprovaram em dois turnos a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 48/2015 que dá mais segurança jurídica aos atos
administrativos adotados por Tocantins após a criação do estado. Os
parlamentares também concluíram a votação do projeto que libera R$ 1,91
bilhão aos estados e municípios como parte da compensação prevista na
Lei Kandir, de 1998.
O objetivo da Lei Kandir é fomentar as
exportações brasileiras por meio de auxílio financeiro aos entes
federados após a legislação aprovada há quase 20 anos, que desde então
não foi regulamentada. De acordo com a Lei Kandir, os estados poderiam
conceder renúncia do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) a operações destinadas ao exterior, desde que fossem
recompensados pela União.
“A proposição destina-se a repor parte
das perdas incorridas pelos Entes Federados em decorrência da renúncia
de receitas resultante da imunidade assegurada aos produtos exportados”,
escreveu o senador Wellington Fagundes (PR-MT), relator do projeto.
Aprovada anteriormente pela Câmara, a matéria segue agora para sanção
presidencial. Os repasses, segundo o texto, podem começar a ser feitos a
partir deste mês e obedecerão a uma divisão proporcional diferente para
cada unidade da Federação.
Os
senadores também aprovaram de forma definitiva o projeto que cria o
Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, chamado de Supersimples, que permite o
refinanciamento das dívidas dos pequenos empresários que aderiram ao
chamado Simples Nacional. O programa concederá descontos de juros,
multas e encargos com o objetivo de facilitar e parcelar o pagamento dos
débitos, desde que 5% do valor total seja pago em espécie, sem
desconto, em até cinco parcelas mensais.
O restante da dívida
pode ser pago em até 15 anos. Aprovada por unanimidade e aguardando
agora sanção presidencial, a proposta prevê que o governo federal estime
a renúncia fiscal decorrente da medida e a inclua no Projeto de Lei
Orçamentária do ano que vem, aprovado nesta quarta-feira (13) pela
Comissão Mista de Orçamento (CMO). Poderão participar do programa, os
débitos vencidos até novembro de 2017 e apurados na forma do Simples
Nacional, independentemente de terem a sua exigibilidade suspensa,
estarem inscritos na dívida ativa ou submetidos a execução fiscal.
O
objetivo de Eunício Oliveira, que também é presidente do Congresso
Nacional, é votar ainda hoje o Orçamento 2018, aprovado mais cedo pela
CMO. O anúncio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de
que a reforma da Previdência pode ser votada somente o ano que vem
retirou a necessidade dos membros da base governista adiarem a análise
da peça orçamentária para a próxima semana com o intuito de obterem
quórum para a reforma antes do recesso, que inicia-se no dia 22 de
dezembro.
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