A gigante americana Boeing e a Embraer, terceiro maior grupo aeronáutico
do mundo, confirmaram nesta quinta-feira (21) que discutem uma aliança
empresarial. Mas as duas companhias ressalvaram que "não há garantias" de alcançar um acordo,
que vai depender da aprovação do governo brasileiro.
A Boeing e a
Embraer "estão em discussões relacionadas com uma potencial combinação
de seus negócios", indicou um comunicado conjunto emitido em São Paulo e
Chicago. Após relatos sobre discussões acerca da aquisição da
Embraer pela americana gigante do setor Boeing, as ações da empresa
brasileira subiram mais de 20% na Bovespa.
Às 16H27 de Brasília, a ação da Embraer avançou 21,29%, dando forte impulso ao índice Ibovespa, que teve alta de 2,16%. Segundo
o Wall Street Journal, a Boeing teria feito uma boa oferta pela
aquisição de ações da Embraer, e as duas partes estariam aguardando a
aprovação do governo brasileiro, que tem uma "ação de ouro", com poder
de veto.
O
grupo americano estaria interessado em reforçar sua posição no mercado
de aviões de médio alcance, área que a Embraer tem forte presença. O
valor de mercado da Embraer, até então, era estimado em cerca de 3,7
bilhões de dólares. Essas negociações seriam uma resposta à
aproximação entre a maior concorrente da Boeing, a Airbus, e a canadense
Bombardier, que disputa setores de mercado semelhantes aos da Embraer.
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