O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi,
participou nesta segunda-feira (11), em Campinas, no interior de São Paulo, da
inauguração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Territorial. Durante a solenidade, o ministro anunciou para breve a
conclusão de um estudo sobre a macrologística do país, que mostrará, por
exemplo, "onde as estradas deveriam passar em função do volume de
produção nas diferentes regiões”.
Segundo o chefe-geral da
Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, o estudo deverá ser
apresentado ao governo ainda em dezembro. Ele disse que o sistema de
inteligência territorial da macrologística agropecuária já está pronto.
Para o público, a data provável de lançamento do sistema é fevereiro.
"Nós estudamos 10 cadeias produtivas, como estão evoluindo a área e a
produtividade em vários lugares do Brasil nos últimos 30 anos. Estudamos
também toda a logística rodoviária, hidroviária, ferroviária, portuária
e também como essas coisas funcionam hoje. Identificamos gargalos, os
caminhos da safra e as principais obras que precisam ser feitas para
aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro", informou Miranda.
A
nova unidade da Embrapa é resultado da unificação e da integração de
três instituições já existentes – o Grupo de Inteligência Territorial
Estratégica, a Embrapa Gestão Territorial e a Embrapa Monitoramento por
Satélite – e vai pesquisar o uso e a ocupação das terras pela
agropecuária e as demandas para ampliar a competitividade e a
sustentabilidade.
O ministro Blairo Maggi disse que a Embrapa
Territorial vai disponibilizar dados e números para o governo, a
sociedade e a iniciativa privada. “O que a Embrapa territorial busca é
parcerias para desenvolver seu trabalho sem onerar o Tesouro, até porque
não tem onde buscar mais orçamento para a Embrapa. Então, [devem
ocorrer] parcerias com o pessoal da área de soja, algodão, pecuária,
cana e tantos outros que vão receber informações úteis para a tomada de
decisões”, acrescentou. Para Blairo, é "lógico e normal" que esses
setores ajudem a Embrapa nas novas parcerias que estão sendo montadas.
“A
criação da Embrapa Territorial faz parte desse processo de
modernização, de racionalização e de aprimoramento da gestão da empresa.
As nossas unidades de serviço estão sendo incorporadas por unidades de
pesquisa. No caso aqui da Embrapa Territorial, temos um objetivo
adicional: não é só racionalizar custos; a criação dessa unidade tem um
objetivo adicional. A Embrapa tem feito um grande esforço para
fortalecer o conceito de inteligência territorial estratégica”, destacou
o presidente da Embrapa, Mauricio Lopes.
Ele disse que a nova
unidade vai contribuir para que se compreenda mais a diversidade
brasileira. “O Brasil é um país muito grande e muito complexo. Temos
nossos biomas, o desafio de trabalhar a conservação, o uso sustentável
da nossa base de recursos naturais. Portanto, entender o território e
estudar a realidade do território, gerar informações que permitam ao
Brasil ter política pública, ter tecnologia e conhecimento que nos
permitam acomodar no grande território brasileiro as atividades do agro,
de maneira inteligente e sustentável, sem gerar passivos, sem gerar
conflitos, essa é uma missão cada vez mais importante para a nossa
empresa”, acrescentou.
Segundo Evaristo de Miranda,
chefe-geral da Embrapa Territorial, a nova unidade da empresa vai ajudar
a mapear o uso e a ocupação da terra no Brasil. “Não se trata mais nem
se justifica de ter uma Embrapa que fique estudando dados de satélites
ou que fique estudando ferramentas de geotecnologia. Nós vamos usar
essas ferramentas, mas nosso foco agora é a agricultura brasileira, o
uso e a ocupação das terras no Brasil, a dinâmica espacial, o caminho
das safras, a dinâmica temporal, a previsão das safras”, falou.
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