Melhorar a produtividade e a inovação de empresas é o foco de um
projeto-piloto lançado hoje (19) pela Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços, e quatro empresas, duas de Minas Gerais,
uma de São Paulo e uma do Rio Grande do Sul. Os chamados Arranjos
Produtivos Locais (APLs) vão destinar, este ano e em 2018, R$ 800 mil a
projetos que devem beneficiar 88 empresas.
De acordo com a
coordenadora da Área de Adensamento Produtivo da ABDI, Valdete Mendonça,
o projeto das APLs visa estimular as empresas, sem necessariamente
fazer investimentos diretos. “Os projetos selecionados recebem recursos
para desenvolver ações que beneficiem um coletivo, nas áreas de
consultoria, sistema de inteligência”, explicou. “O é intuito é apoiar
as APLs para que elas deem suporte para as empresas superarem os
gargalo”, acrescentou.
Um dos
projetos selecionados por meio de chamamento público é o da Associação
de Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação de São José do
Rio Preto (SP), que tem como objetivo a capacitação de empresas, em
termos de tecnologia, método e ferramentas, para automação de testes.
Segundo o diretor-presidente da associação, Jean Daher, a expectativa é
reduzir, em média, pelo menos 30% de retrabalho nas empresas
participantes.
“O recurso que pleiteamos foi para um projeto de
automação de teste, porque hoje 70%das empresas de tecnologia da
informação são empresas de software e foi identificado um grande gargalo
na automação de testes. Temos muito trabalho e retrabalho, falta de
produtividade e também a perda de qualidade dos produtos”.
Segundo
Daher, com a automação, os testes dos programas deixarão de ser feitos
pelas equipes das empresas ou pelos consumidores e passarão a ser feitos
automaticamente, conforme padrões internacionais. “Com a automação
teremos testes padrões que vão economizar tempo e evitar trabalho
desnecessário”, explicou.
Já no Arranjo Produtivo do Vale do Aço,
outra iniciativa selecionada, a intenção é ampliar a utilização da
engenharia para possibilitar às empresas do setor metalmecânico do Vale
do Aço mineiro a buscar novos mercados e excelência.
“Nosso
projeto é focado no desenvolvimento das indústrias do setor
metalmecânico para superar barreiras com vistas a atingir novos mercados
ou condições de oferecer produtos com maior valor agregado, com
tecnologia”, disse o diretor-presidente da entidade, Marlon Duarte.
Segundo
ele, os recursos possibilitarão a construção de um centro de engenharia
de excelência para ajudar as empresas associadas no aprimoramento de
suas competências tecnológicas.
Conforme o edital, os projetos
têm duração de 12 a 24 meses, sendo que metade da verba será colocada à
disposição ainda este ano e o restante, em 2018.
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