Empresas brasileiras estão em Paris (Centro Financeiro na foto) até sexta-feira (8) para
participar de treinamentos e apresentar seu negócio e produtos a
potenciais investidores. É a primeira viagem oficial promovida pelo
StartOut Brasil, programa do governo federal destinado a promover a
internacionalização de startups (nome dado a empresas
iniciantes com proposta ou produtos inovadores, geralmente na área de
tecnologia). Em outubro, o programa levou startups a Buenos Aires, ainda na fase piloto.
O StartOut Brasil terá investimento anual de R$ 3 milhões. O objetivo é levar 60 startups
a cada ano para conhecer sistemas de inovação. Para 2018, estão
previstas outras missões, a Berlim, Miami e Lisboa. Para a viagem atual à
França, uma comissão julgadora selecionou 14 empresas.
As
informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços, executor do programa, que tem ainda a parceria do Ministério
das Relações Exteriores, da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex), do Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Nacional Promotora de
Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
Durante a missão à França, os representantes das empresas brasileiras já participaram de um treinamento de pitch
(apresentação rápida a investidores para convencê-los das vantagens do
negócio) e de um seminário sobre internacionalização na Embaixada do
Brasil.
Até sexta-feira, eles ainda visitarão incubadoras e
aceleradoras de empresas e terão um dia reservado a reuniões individuais
de negócios. Para Fernanda Checchinato, da Aya Tech, uma das empresas
escolhidas para a viagem, o programa dá suporte a quem não tem muita
experiência.
“A vantagem de vir com a agenda do governo é que nos
proporciona treinamento para apresentação. [O governo] fez alguns
contatos com empresas e nos deu todo um apoio de apresentação, colocação
no mercado. É um programa muito interessante para o empresário de startup que não tem muita estrutura e conhecimento nessa área”, afirmou.
A
Aya Tech desenvolveu um repelente de insetos para ser aplicado na roupa
em vez de utilizado na pele. “No Brasil, já estamos em 200 pontos de
venda. A expectativa é expandir nosso negócio para exportação e criar
investimentos para poder expandir com outros produtos da nossa empresa”,
explica Fernanda.
O coordenador de Atração de Investimentos
Estrangeiros Diretos e Participação da Apex, Luiz Carlos T. de Carvalho,
afirma que o objetivo, em última instância, é gerar mais emprego e
renda para o Brasil. “A ideia é que a gente possa preparar essas
empresas para terem planos de negócio robustos, sustentáveis, que possam
ser apresentados a grandes investidores. Assim, elas podem ser
investidas, crescer, ampliar mercados e, dessa forma, gerar mais emprego
e renda”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário