O total de navios previstos para embarcar açúcar nos portos
brasileiros diminuiu 49% ao longo de novembro, segundo dados da
agência marítima Williams Brazil, refletindo a menor disponibilidade do
produto, já que a safra de cana no centro-sul do país está praticamente
no fim.
Na semana encerrada em 29 de novembro, eram 23 embarcações já
ancoradas, ao largo esperando atracação ou que devem chegar nos próximos
dias.
A quantidade é inferior às 31 observadas na semana imediatamente
anterior e quase 50% abaixo das 45 reportadas pela agência
marítima no fim de outubro. Essa retração é natural no fim do ano, com as usinas encerrando os
trabalhos de colheita de cana. Além disso, nos últimos meses houve maior
preferência das empresas pela produção de etanol.
O biocombustível passou a ser mais atrativo a partir de agosto, na
esteira de altas tributárias maiores para a gasolina, concorrente direto
do hidratado. Como consequência, na primeira quinzena de novembro a
fabricação de álcool avançou mais de 15%, enquanto a de açúcar
recuou 8%.
Segundo a Williams, os 23 navios devem embarcar 812,18 mil toneladas
do adoçante pelo portos do Brasil, maior produtor e exportador da
commodity, até meados do mês de dezembro.
Desse total, 584,85 mil toneladas, ou 72%, serão escoadas
pelo Porto de Santos, a principal porta de saída do açúcar brasileiro.
Outras 170,13 mil toneladas (21%) serão exportadas por
Paranaguá, enquanto 30 mil (4%) e 27,20 mil (3%) por
Maceió e Recife, respectivamente. A maior quantidade de açúcar a ser exportado é do tipo VHP, açúcar
bruto de alta polarização, com 732,48 mil toneladas. Há ainda 6,86 mil
toneladas de VHP ensacado. Os embarques do refinado A-45 e do cristal
B-150, embarcados ensacados, somam 27,20 mil e 52,50 mil toneladas,
respectivamente.
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