O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve fechar 2017 com
queda de 2% em relação ao ano passado, segundo dados apresentados hoje
(5) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Até
agosto, segundo a entidade, a queda acumulada no setor era de 2,6%, mas
deve apresentar uma leve melhora nos dados dos últimos meses do ano.
Apesar
da retração, a participação do PIB do setor na soma de todas as
riquezas do país em 2017 (PIB nacional) deverá ser de 23%. Para
2018, a CNA prevê recuperação do PIB do agronegócio, que poderá subir de
0,5% a 1%, dependendo do cenário político, das condições
macroeconômicas e do mercado agrícola internacional.
Segundo o
presidente da CNA, João Martins, os resultados dependem de condições
como a dissolução da incerteza política interna e a demonstração de que o
agronegócio brasileiro é moderno e que tem assegurada a eficiência no
âmbito da vigilância sanitária.
“A prioridade número um é começar
a trabalhar para transformar esse país no maior produtor, o maior
exportador de produtos lácteos. Segundo: cada dia mais interferir para
que a defesa sanitária desse país esteja à altura do que o produtor
precisa e espera”, avaliou.
Os
dados do PIB do agronegócio consideram toda a cadeia do setor (produção
agrícola, insumos, agroindústria e serviços). Já o PIB da agropecuária,
que leva em conta apenas os resultados “dentro da porteira”, vai
encerrar 2017 com alta de 11%, e, segundo a CNA, “deverá ser o setor com
maior crescimento na economia ao longo deste ano”.
“Embora os
preços agropecuários tenham sido pressionados, a boa safra permitiu que o
resultado dentro da porteira apresentasse crescimento do indicador
macroeconômico que mede a produção. O setor da pecuária, mesmo tendo se
beneficiado dos preços atrativos de grãos para a alimentação animal,
sofreu com baixo consumo, fruto do desemprego e queda na renda
população”, avaliou a entidade no balanço apresentado nesta terça-feira.
Os
números da CNA também mostram que, de janeiro a outubro deste ano, o
setor agrícola foi responsável pela criação de 93 mil vagas de emprego, a
maior expansão do indicador no campo nos últimos cinco anos. Na
comparação com o mesmo período de 2016, a alta foi de 84%, segundo a
CNA, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged).
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