Os planos do Governo Federal em
investir R$ 198,4 bilhões nos próximos anos através da nova fase do PIL
(Programa de Investimento em Logística) começam a se firmar, depois de mais de um ano de atrasos. Após o emblóglio das minutas dos editais do primeiro bloco que ficaram travadas no TCU
(Tribunal de Contas da União), o pacote vem tomando forma através das
liberações de licitações. Como é o caso dos terminais de Santos e Pará.
Mesmo assim, essa demora pelo TCU em liberar as licitações levou muitos
empresários do setor a pensar que essa seria uma estratégia do governo.
Na opinião do diretor presidente da ABTP (Associação Brasileira dos
Terminais Portuários), Wilen Manteli, o fator determinante foi a falta
de governança no setor público.
“Não acredito que tenha sido uma
estratégia do governo porque seria um tiro no pé. Entendo que esse fato
decorreu da falta de governança no setor público, onde há uma gama de
órgãos públicos que interferem nos setores de infraestrutura, sem
qualquer harmonia entre eles – até parecem que pertencem a governos
diferentes”, ressalta. Para ele, é preciso que haja, na esfera da
administração pública, o que é chamado em vários outros países de
“conferência de serviços”.
Segundo Manteli, dentro do atual cenário vivido pelo país, fica
difícil fazer avaliações, já que hoje o Brasil enfrenta um cenário de
instabilidade política, econômica e moral. “Corrupção, impeachment e
ausências de lideranças são fatores que dificultam prever o
comportamento da economia nos próximos anos. Certo é que vamos ter mais
problemas em nossa atividade econômica e em nossas vendas
internacionais. Por isso, antes de dizer algo sobre isso, prefiro
aguardar o desenrolar dos acontecimentos”, previu.
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